𝐈𝐍 𝐀𝐍𝐎𝐓𝐇𝐄𝐑 𝐋𝐈𝐅𝐄, imagines twd [hiatus]

𝐍𝐈𝐆𝐇𝐓𝐓𝐈𝐌𝐄 𝐇𝐀𝐕𝐄𝐍, daryl dixon

warnings: possíveis gatilhos! imagine com pronome feminino. onde sn verifica certos comportamentos de daryl na relação e chega a uma conclusão após um ato surpreendente dele.

não morri, mas sobrevivo doentemente no mundo dos clts. o hot dele uma hora vem e tentei caprichar. sei que vão gostar. me aguardem.

BOA LEITURA!

O ronco da moto corta o silêncio da estrada deserta, reverberando como uma melodia familiar em meio ao caos de um mundo onde o perigo é constante e invisível. Esse som, estranhamente reconfortante, é a única coisa que preenche o vazio ao seu redor. Você está atrás de Daryl, seus braços firmemente enlaçados ao redor da cintura dele, como se o simples ato de segurá-lo pudesse ancorá-la à realidade. O vento gelado chicoteia seu rosto, mas você mal nota. Sua atenção está dividida entre o homem à sua frente e a paisagem ao redor, cinza e árida, como se o apocalipse tivesse roubado todas as cores do mundo. Árvores desfolhadas, marcas de pneus antigos e placas de sinalização enferrujadas são tudo o que restou de uma civilização que, um dia, floresceu.

Seus olhos estão fixos na estrada à frente até algo à sua esquerda chamar sua atenção. É uma velha placa de estrada, inclinada para o lado, quase oculta pelas ervas daninhas que crescem selvagens ao redor. O metal, desgastado e desbotado, ainda guarda a imagem de um casal. Eles estão vestidos para um casamento, sorrisos largos e despreocupados em seus rostos, como se estivessem posando para um mundo que um dia existiu. O noivo segura a noiva como se ela fosse a coisa mais preciosa que ele já havia encontrado. E talvez, em algum momento, ela realmente tenha sido.

Essa visão parece uma relíquia de um tempo tão distante, tão absurdamente fora de lugar no mundo quebrado em que você vive, que não consegue desviar o olhar. A placa é um eco de uma vida que você nunca teve a chance de conhecer realmente, uma vida onde preocupações como escolher flores para o buquê de casamento ainda eram legítimas. Sua mente vaga por essas possibilidades, por um mundo onde sonhos como aqueles ainda eram possíveis, enquanto a moto desacelera gradualmente.

— Daryl. — você chama, sua voz se misturando com o som do vento, quase como se estivesse falando consigo mesma.

— Hum? — ele escuta sua voz rente ao próprio ouvido e responde, os olhos ainda fixos na estrada à frente.

— Nada… Deixa. Só pensando. — você hesita, as palavras parecendo escapar antes de formar qualquer sentido completo.

Ele não pressiona. Daryl nunca pressiona. Ele sabe quando não invadir seus pensamentos, e talvez seja essa a base do relacionamento sólido que compartilham. Vocês dois dão ao outro o espaço necessário para existir, para sentir, para lidar com o mundo à sua própria maneira. Foi e é assim por anos.

O sol começa a descer no horizonte, pintando o céu com tons de laranja e vermelho, enquanto as sombras ao redor se alongam, anunciando a chegada da noite. Com a escuridão vêm os perigos, e você aperta os braços ao redor de Daryl, sentindo a segurança que ele representa enquanto ele acelera um pouco mais. Vocês precisam encontrar um lugar para passar a noite, e ele sabe disso tão bem quanto você. Daryl olha rapidamente para os lados, os olhos atentos avaliando a estrada com uma precisão experiente. Não demora para que ele reduza a velocidade novamente, sinalizando que está prestes a parar.