𝐃𝐎𝐆, daryl dixon

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warnings: menções de cadáver, violência.

BOA LEITURA!

━━ Olha, Daryl, um cachorro!

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━━ Olha, Daryl, um cachorro!

Animada, abaixei a besta em mãos, jogando-a por cima dos ombros. Caminhei em direção ao animal, amarrado a uma árvore, próximo do riacho. Ele balançava o rabo, expondo a língua, mas a medida que me aproximava, começou a mostrar os dentes e rosnar. Daryl segurou meu braço antes que eu o alcançasse. Entretanto, o animal não parecia latir para mim de verdade.

━━ O que tem de errado com ele?

━━ Se fosse eu amarrado desse jeito, também ficaria irritado. ━━ Daryl respondeu.

━━ Você não precisa estar amarrado pra parecer um cachorro raivoso. ━━ murmurei. Daryl me lançou um olhar lascivo. ━━ Que é?

━━ Qualquer dias desses eu te dou um sacode. Não me importo se é mulher.

Dei de ombros, olhando novamente o animal. Parecia tão frágil e até mesmo com medo, apesar da ferocidade.

━━ Quem faria uma coisa dessas? ━━ cautelosamente, tentei outra aproximação.

Mas o cachorro começou a latir, mais alto, agressivamente. Só então ouvimos o barulho atrás de nós, vindos da floresta. O andar arrastado e característico dos mortos. Um arrepio subiu minha espinha.

━━ Não vamos querer ficar aqui pra descobrir. ━━ ele disse. ━━ Vem, vamos embora.

━━ O quê? Não! E ele? ━━ apontei para o cachorro. Ele nos olhava como se pedisse socorro.

Daryl hesitou antes de falar:

━━ Tá. Desamarra ele. Depois nós vamos nos mandar. Entendido?

Assenti com um frio na barriga.

Mesmo depois de tantos anos no fim do mundo, essas coisas ainda me deixam apreensiva.

Daryl manuseou a balestra com mestria, na retaguarda, enquando eu retirava do cinto uma adaga pequena. O cachorro estava inquieto, se mexendo muito, mas depois de conseguir acalmá-lo um pouco, cortei a corda ao redor de seu pescoço peludo. Me virei para frente, empunhando a minha própria arma à tempo de ver três zumbis saindo do meio das árvores. Uma garotinha em estado quase completo de putrefação, seguida do que já foi uma mulher, e um homem barrigudo, range e morde o ar, batendo os dentes ensanguentados para Daryl e eu.

O homem carrancudo ao meu lado faz as honras ao atingir a cabeça do homem com uma flecha, enquanto eu derrubo a garotinha com um chute no peito. Os cadáveres ambulantes caem no chão, mas apenas um deles completamente morto. A mulher tem a cabeça decepada depois, quando Daryl corta seu pescoço com um facão de seu cinto. Quanto a garotinha, queria não ter que fazer isso, mas é o necessário.

Com uma perfuração limpa, corto a tempora esquerda em um golpe, tendo certeza que atingiu o cérebro.

━━ Nossa. Isso foi bom. ━━ digo para mim mesma.

━━ É... Foi sim.

No meio da confusão e do banho de sangue, acabei deixando o cachorro de lado. Procuro por ele ao redor, mas não encontro nada além de árvores e o silêncio absoluto. Inevitavelmente fico triste.

Não pensei que cachorros ainda existiam, ver um, depois de tudo que passamos, é um bom sinal.

━━ Aquele vira-lata era esperto. ━━ Daryl diz, depois de um tempo.

━━ Era sim. Uma pena que fugiu, poderíamos ter ficado com ele. ━━ estamos caminhando pela mata em busca de outro lugar para acampar, com bolsas nos ombros, armas em mãos e olhar atento.

A aproximação dos mortos do nosso antigo acampamento, deixou Daryl preocupado o suficiente para nos mudarmos.

Não pude discordar, Daryl Dixon me salvou uma vez, e como somos apenas ele e eu, não faço muitas objeções.

O lance do cachorro foi a primeira em muito tempo.

━━ Acho que ouvi alguma coisa.

Paramos um ao lado do outro, atentos.

━━ Ali! ━━ Daryl indica de onde veio o barulho que ouvi. Apontamos as armas, prontos para atirar.

━━ Mas que diabos...

Paro de falar no meio da frase, perplexa com o que vejo. É ele!

O cachorro que salvamos vem até nós, balançando o rabo, e com uma...

━━ Eca. ━━ pego a mão humana da boca dele, jogando-a longe.

Daryl sorriu atrás de mim.

━━ Gostei dele. ━━ o homem diz, fazendo carinho na cabeça do animal.

━━ Então podemos ficar com ele? ━━ o olho esperançosa. ━━ Por favor...

━━ Claro, eu sempre quis ter um cachorro quando era moleque.

━━ E qual vai ser o nome dele?

━━ Nome? ━━ Daryl faz careta. ━━ Não podemos só chamar de cachorro?

━━ É sério?

━━ Por que não?

Reviro os olhos.

━━ E que tal... Julieta?

━━ Julieta?

━━ É. Por que não? ━━ o replico.

O cão late, parece não gostar muito do nome.

━━ Primeiro que, ela não é ela, ela é ele. ━━ diz, apontando um lugar específico da barriga do animal, me fazendo finalmente entender. ━━ Segundo, porque cachorro é mais fácil.

O cão late outra vez. Animado.

━━ Traidor, eu salvei você.

━━ E eu sou o mais velho. ━━ Daryl, acrescentou em seguida.

Derrotada, falei:

━━ Tá, vai. Mas vamos chama-lo de Cachorro com C maiúsculo.

━━ Qual é a diferença?

━━ A diferença é que é um C maiúsculo. ━━ digo o óbvio.

Só então voltamos a procurar por uma clareira para acampar, dessa vez sendo Daryl, eu e o Cachorro.

Só então voltamos a procurar por uma clareira para acampar, dessa vez sendo Daryl, eu e o Cachorro

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𝐈𝐍 𝐀𝐍𝐎𝐓𝐇𝐄𝐑 𝐋𝐈𝐅𝐄, imagines twd [hiatus]Onde histórias criam vida. Descubra agora