Capítulo II

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- Está usando uma fragrância diferente, Aegon? - perguntou seu pai, o rei, ao perceber a mudança.

Aegon parou de andar, surpreso com a observação.

- Não senhor, por quê?

- Porque seu cheiro está diferente... - fez uma pausa, analisando melhor. - Está mais doce.

A observação claramente pegou Aegon de surpresa.



Capítulo II




— Deve ser porque durmo com Helaena, Vossa Graça. Ela gosta que o quarto tenha aromas agradáveis e doces - disse Aegon, dando de ombros como se não desse muita importância àquilo, mas, no fundo, ele temia que seu pai descobrisse a verdade sobre sua classe.




— Pode ser isso mesmo - concordou o rei, observando Aegon por um momento antes de voltar seu olhar para o outro filho, Aemond. - E você, Aemond? Como estão indo as práticas com a espada?




— Bem, Vossa Graça. Ainda sou inexperiente, mas acredito ter a capacidade de sobreviver em uma luta, se precisar - respondeu Aemond com certo desconforto. Ele não gostava de admitir sua falta de experiência, mas às vezes era necessário recuar um pouco. Além disso, ele queria manter uma boa relação com o pai. Dando de ombros, Aemond se encostou na parede, terminando de falar.




— Ótimo ouvir isso - disse o rei com a voz enfraquecida, consequência da doença que se espalhava por seu corpo. Ele sabia que muitos desejavam sua morte, e por isso fazia de tudo para aparentar estar melhor do que realmente estava. Não daria a eles o prazer de vê-lo sucumbir.




Viserys, embora paranoico, tinha seus motivos para se proteger.




Ele gostava dos seus filhos, Aegon e Aemond, e, apesar de não demonstrar, se preocupava com eles à sua maneira. Quando sentiu o aroma doce vindo de Aegon, o medo o tomou - um medo que não sentia havia muito tempo. Temeu que Aegon fosse um ômega. Não era a classe em si que o incomodava, mas o que seu filho poderia enfrentar no futuro se suas suspeitas se confirmassem.




Ele temia pelo seu menino, temia como ele seria visto pelos outros. Sabia que nunca permitiriam que um ômega subisse ao trono. Embora não admitisse abertamente, Viserys queria ver como Aegon se sairia como rei. Contudo, devia a coroa à sua primogênita, Rhaenyra, e conhecia as consequências da rivalidade entre as casas. Isso lhe doía profundamente.




Viserys desejava recuperar suas forças para impor ordem no reino. Se ao menos pudesse melhorar...




— Pai - a voz de Rhaenyra o tirou de seus pensamentos. Ela estava acompanhada de Daemon, que, sentado ao seu lado, observava Viserys com uma preocupação que o rei podia perceber, mesmo que Daemon não a demonstrasse abertamente. - Está tudo bem, meu pai?

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⏰ Última atualização: Sep 05 ⏰

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