Nova York, Véspera de Inverno
Caroline Forbes chegou a Nova York sentindo-se completamente sobrecarregada. A cidade, com suas luzes piscantes e ritmo frenético, era o último lugar onde ela queria estar. Preferia estar ao lado da mãe no hospital, segurando sua mão e enfrentando os desafios do Alzheimer. No entanto, ali estava ela, obrigada a comparecer à leitura do testamento de seu padrinho.
Na noite anterior, ela quase não conseguiu dormir. Sua mente estava cheia de preocupações, desde as fofocas da pequena cidade até as dívidas que pareciam crescer sem parar. Sua única esperança agora eram os Mikaelsons, com sua fortuna e poder.
Assim que acordou, ligou para a mãe, Liz, para ver como ela estava. Depois, passou horas ao telefone com Damon, o amigo que se tornou um grande apoio para sua mãe enquanto ela enfrentava o Alzheimer. Sem ele, Caroline sabia que não teria conseguido se manter firme. Mas o nervosismo só aumentava, mesmo enquanto tentava se acalmar com algumas xícaras de café. O encontro com Finn e Niklaus Mikaelson estava chegando, e só de pensar no peso desse sobrenome seu coração já começava a acelerar.
A família Mikaelson era um pesadelo para Caroline. Só de pensar neles fazia seu coração acelerar e uma sensação de pânico se espalhar pelo peito. Eles eram poderosos e intimidadoramente famosos. Só de lembrar dos nomes Freya, Elijah, Finn e, principalmente, Klaus, já dava um frio na barriga. Como uma universitária de 20 anos iria pedir ajuda a pessoas como eles? Mas a realidade era cruel: ela não tinha escolha. A saúde de sua mãe estava se deteriorando devido ao Alzheimer, e as dívidas não paravam de crescer. A hipoteca da casa não cobria nem metade do que precisavam para os cuidados e suporte especializado. Damon, o advogado jovem que sempre esteve ao lado da mãe, tinha sido um verdadeiro anjo, mas Caroline sabia que ele estava quase no limite. A última coisa que queria era ser um peso para ele, mas a cada minuto que passava, sentia-se mais encurralada e desesperada. Não havia para onde correr.
Embora seu padrinho Mikael nunca tenha sido presente, ele de algum modo se lembrou dela. Caroline preferiria viver na mais absoluta pobreza a aceitar uma herança que, no fundo, não lhe pertencia. O problema era que arriscar a saúde da mãe era insuportável. E ainda tinha o medo dos comentários da cidade e o julgamento cruel que viria com essa decisão. O peso dessa escolha quase a fazia desmoronar. Ela se sentia num limbo, sem encontrar uma solução que não a deixasse consumida pela culpa e pelo medo do que os outros pensariam.
Ao entrar no lobby do prédio dos Mikaelsons, cercada por portas de vidro brilhantes, Caroline se viu refletida no espelho. A imagem que via de volta era de uma jovem tentando parecer forte. Usava um vestido branco discreto até os joelhos, um casaco de tricô e um lenço delicado no pescoço. Sandálias de salto fino completavam o visual, na esperança de elevar sua altura e, quem sabe, sua confiança. Fez uma tiara trançada com o cabelo loiro, que caía solto em ondas. Mas, no fundo, sabia que estava mais para uma presa prestes a entrar no covil dos predadores do que para uma negociadora.
O recepcionista deu uma olhada em Caroline com um leve interesse.
— Os Mikaelson estão te esperando. A secretária vai te levar até o escritório.Caroline agradeceu com um sorriso nervoso, tentando se manter tranquila.
Enquanto caminhava pelo prédio imponente, a ansiedade voltou a apertar. As portas do elevador abriram para um corredor silencioso, e a tensão só aumentou. Não havia sinal da secretária, apenas uma porta solitária no final do corredor. Olhou o relógio de novo; passava um pouco do meio-dia. Será que os Mikaelson estavam fazendo algum tipo de jogo? Talvez. Mas não importava; Caroline estava ali para lutar pela mãe, custasse o que custasse. Seu padrinho, que havia bancado as contas mais altas do hospital, era a última esperança dela.
Quando a porta finalmente se abriu, ela reconheceu imediatamente quem estava ali. Niklaus Mikaelson, o nome mais badalado das redes sociais, estava ali, exalando uma presença que não passava despercebida. Com 27 anos, ele era a definição de sucesso: corpo imponente, cabelos loiros escuros e olhos que pareciam desbravar qualquer disfarce. Niklaus era a prova de que a genética dos Mikaelson não só se destacava, mas dominava.
Ao lado dele estava Finn Mikaelson, o irmão mais velho e executor do testamento. Com 31 anos, Finn tinha uma postura mais reservada e séria. Seu cabelo castanho-escuro e seu olhar atento mostravam que ele estava focado nas suas responsabilidades familiares e legais, mantendo uma dignidade sólida.
Elijah Mikaelson, com a mesma idade de Niklaus, estava lá como advogado. Aos 29 anos, Elijah era a definição de elegância e educação. Seu jeito calmo e o traje bem ajustado mostravam que ele sabia como lidar com negociações delicadas, equilibrando firmeza com uma empatia natural.
— Vai entrar ou vai ficar aí plantada? — A voz de Klaus era firme, quase impaciente.
Caroline nunca se sentia confortável na presença de um Mikaelson, e Klaus não era exceção. Mas respirou fundo, entrou e estendeu a mão, tentando se manter educada e profissional.
— Obrigada por me receberem — disse Caroline, com um tom formal.
— É um prazer, Caroline — respondeu Klaus, sem esconder sua frieza. — Sente-se.
Caroline acomodou-se na cadeira, enquanto Klaus a estudava com um olhar calculista. Finn e Elijah estavam presentes, ambos com expressões que revelavam diferentes aspectos de suas personalidades.
Finn, com um semblante impassível, interrompeu a tensão com sua voz calma e profunda.
— O que você acha de um café, Caroline? Pode ajudá-la a relaxar um pouco.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Bride by Legacy
FanficCaroline Forbes está desesperada. Sua mãe tem Alzheimer e ela precisa de uma grande quantia de dinheiro para ajudá-la. Quando descobre que a herança de seu padrinho, Mikael Mikaelson, está condicionada a um casamento, Caroline não tem escolha a não...