Era o entardecer de uma quinta feira; os céus estavam tremendo e reluzindo com os raios e trovões que se esticavam para um lado e para o outro. Sentado em um banco de mármore estava Pedro que aparentava ansiedade, olhando constantemente para o céu com expressão preocupada. Ele nem mesmo reparou quando sua amiga Lavínia havia chegado:— Oi! — Ele quase pulou do banco com o susto.
— Ahn... o-oi, tudo bem?
— Cê tá legal? Tá mais estranho que o normal.
— Só tô preocupado com esse temporal.
— Lavínia olhava para ele com suspeita,
mas pela fama de estranho do amigo ela deixou passar.— Olha o que eu achei aqui — Ela comentou mostrando em seu celular um tipo de jogo de perguntas.
— É sobre os deuses do Olimpo, a gente pode ver quem seria o seu pai ou mãe — Disse ela com empolgação entregando o aparelho para o amigo.
— Tá bom... eu acho — Pedro parecia confuso fazendo o teste mas depois de poucos minutos ele acabou — Aqui, meu pai é... Apolo?
— Nem ferrando, ele é meu pai, eu não te aceito na minha casa não — Lavínia deu
risadas, brincalhona como sempre.— Eu não seria filho de Apolo mesmo... — Quando o menino disse isso o celular pareceu ficar com glich, e na tela apareceu um deus diferente, era Dionísio — Ah não...
— Mas como assim? Você travou meu celular Pedro? — Perguntou Lavínia com um tom de brincadeira.
— Eu não fiz nada...
— Eu sei, tô só brincando com você.
As nuvens ficavam cada vez mais escuras no céu e os raios cada vez maiores. Pedro implorou para irem ao refeitório pois segundo ele o seu estômago estava vazio, o que para Lavínia não era uma surpresa.
No refeitório Pedro estava devorando a comida em seu prato, ele trocava olhares com a janela que mostrava o tenebroso céu noturno daquela noite e a porta do lugar por onde entravam e saíam algumas pessoas.
— Vai com calma, desse jeito vai acabar comendo o garfo — disse Lavínia com uma cara assustada.
— Até que não seria má ideia — Pedro deu mais uma olhada para a porta e dessa vez pareceu engasgar com a comida, quando virou novamente estava com uma cara muito assustada.
— Que foi? Hoje você tá realmente me assustando.
— Nada. Será que as meninas vão vir hoje?
— Não sei, por que?
— Só pra saber, elas não podem faltar, não é? Hoje tem prova no curso de vocês.
— Não tem, na realidade não tem nada pra fazer hoje.
— Ainda assim, tomara que elas venham, vão ficar mais seguras aqui né? Por causa da chuva e tal...
— Pedro, o teto da escola literalmente desabou na ultima tempestade, como seria mais seguro?
— Quer saber? Esquece o que eu disse — Pedro falou, seu olhar se voltou novamente para uma senhora de aparentemente 50 anos com cabelo grisalho, ele olhava constantemente para ela e ela curiosamente também o encarava de vez em quando, fixamente e dando um sorriso de canto. O menino ao mesmo tempo que parecia assustado também aparentava raiva.
— Conhece aquela senhora? — perguntou Lavínia.
— Ela é... amiga da minha mãe — respondeu ele com uma voz trêmula.
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Os Olimpianos: A Primeira Profecia (Livro I) ☀️
Fanfiction"Era para ser somente mais um dia de curso normal, ninguém esperava que um grupo de amigos, um deles com uma perna muito peluda inclusive, fosse esfaquear uma velha usando um bumerangue, sair correndo, roubar a vã do Diretor e sair dirigindo em alta...