☀️ Cap 1: Sequestro a mão armada

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   Era o entardecer de uma quinta feira; os céus estavam tremendo e reluzindo com os raios e trovões que se esticavam para um lado e para o outro. Sentado em um banco de mármore estava Pedro que aparentava ansiedade, olhando constantemente para o céu com expressão preocupada. Ele nem mesmo reparou quando sua amiga Lavínia havia chegado:

   — Oi! — Ele quase pulou do banco com o susto.

   — Ahn... o-oi, tudo bem?

   — Cê tá legal? Tá mais estranho que o normal.

   — Só tô preocupado com esse temporal.

   — Lavínia olhava para ele com suspeita,
mas pela fama de estranho do amigo ela deixou passar.

   — Olha o que eu achei aqui — Ela comentou mostrando em seu celular um tipo de jogo de perguntas.

   — É sobre os deuses do Olimpo, a gente pode ver quem seria o seu pai ou mãe — Disse ela com empolgação entregando o aparelho para o amigo.

   — Tá bom... eu acho — Pedro parecia confuso fazendo o teste mas depois de poucos minutos ele acabou — Aqui, meu pai é... Apolo?

   — Nem ferrando, ele é meu pai, eu não te aceito na minha casa não — Lavínia deu
risadas, brincalhona como sempre.

   — Eu não seria filho de Apolo mesmo... — Quando o menino disse isso o celular pareceu ficar com glich, e na tela apareceu um deus diferente, era Dionísio — Ah não...

   — Mas como assim? Você travou meu celular Pedro? — Perguntou Lavínia com um tom de brincadeira.

   — Eu não fiz nada...

   — Eu sei, tô só brincando com você.

  As nuvens ficavam cada vez mais escuras no céu e os raios cada vez maiores. Pedro implorou para irem ao refeitório pois segundo ele o seu estômago estava vazio, o que para Lavínia não era uma surpresa.

  No refeitório Pedro estava devorando a comida em seu prato, ele trocava olhares com a janela que mostrava o tenebroso céu noturno daquela noite e a porta do lugar por onde entravam e saíam algumas pessoas.

   — Vai com calma, desse jeito vai acabar comendo o garfo — disse Lavínia com uma cara assustada.

   — Até que não seria má ideia — Pedro deu mais uma olhada para a porta e dessa vez pareceu engasgar com a comida, quando virou novamente estava com uma cara muito assustada.

  — Que foi? Hoje você tá realmente me assustando.

  — Nada. Será que as meninas vão vir hoje?

  — Não sei, por que?

  — Só pra saber, elas não podem faltar, não é? Hoje tem prova no curso de vocês.

  — Não tem, na realidade não tem nada pra fazer hoje.

  — Ainda assim, tomara que elas venham, vão ficar mais seguras aqui né? Por causa da chuva e tal...

   — Pedro, o teto da escola literalmente desabou na ultima tempestade, como seria mais seguro?

   — Quer saber? Esquece o que eu disse — Pedro falou, seu olhar se voltou novamente para  uma senhora de aparentemente 50 anos com cabelo grisalho, ele olhava constantemente para ela e ela curiosamente também o encarava de vez em quando, fixamente e dando um sorriso de canto. O menino ao mesmo tempo que parecia assustado também aparentava raiva.

  — Conhece aquela senhora? — perguntou Lavínia.

  — Ela é... amiga da minha mãe — respondeu ele com uma voz trêmula.

Os Olimpianos: A Primeira Profecia (Livro I) ☀️Onde histórias criam vida. Descubra agora