— Eu não acredito que ela me xingou... Pelo amor dos deuses! — Resmungou Lavínia indignada.— Você ainda tá nisso? Lavínia! Já faz meia hora filha, supera — Gesticulou Sofia.
Lavínia estava brava desde que saíram do acampamento, pois havia mandado uma mensagem de Íris para sua mãe, e a mesma disse palavriados muito fortes para serem citados, isso porque a menina não havia avisado que iria embora.
— Mudando de assunto, posso ver o seu brinco, Lavínia? — Pedro perguntou.
— Claro.
O sátiro examinou o brinco e depois encostou a ponta levemente na língua.
— Eu sabia, hehe. Só tenho que achar como- — O menino parou de falar repentinamente quando encostou em uma parte do brinco que o fez tremeluzir na luz e se transformar em um punhal.
— Mas o que... — Lavínia estava confusa.
— É um presente divino, geralmente eles são armas mágicas, o seu é isso.
A menina olhou para o presente com um brilho nos olhos.
***
Após um tempo de viagem em silêncio, Lavínia relembrou do assunto anterior.
— Como se desse pra prever! Eu fui literalmente sequestrada! Né Cabrito?—Lavínia estreitou os olhos para Pedro.
— Eu já pedi desculpas pra você e sua mãe! — Choramingou Pedro.
— Vocês dois, dá pra parar? Com essa barulheira toda vamos chamar atenção indesejada — Sofia falou em tom autoritário.
— Mas eu não fiz naaada! — Pedro retrucou com uma leve entonação de bode.
Bárbara deu um soquinho no ombro de Pedro.
— Por que eu apanhei?
— Cala a boca! Tá me dando dor de cabeça! Se eu escutar sua voz mais uma vez nessa viagem eu juro que eu te levo até o submundo, a mesma coisa pra Lavínia! — Todo mundo olhou para Bárbara e o carro ficou em um silêncio constrangedor até o fim da viagem.
Argos deixou os garotos em uma estrada de terra batida de uma pequena cidade nos arredores de Nova York.
— Pra onde nós vamos? — Pedro falou alongando suas pernas de bode, preparando para vestir calças novamente.
— Não faço a mínima ideia, por que você não usa seus poderes bodiais para achar a Lira? — Falou Lavínia.
— A lira é do seu pai, quem tem que achar é você — Afirmou Pedro.
— O oráculo não falou pra onde deve você ir? — Questionou Sofia.
— Ah... É... Sim, Sim, é para gente ir... Para o Leste.
— Vamos então...— Sofia falou meio receosa.
O pequeno grupo começou a andar ainda um pouco desorientado, Pedro se aproximou sorrateiramente de Lavínia.
— Vai mentir até quando?
— Não sei, mas estou buscando o sol, afinal o sol nasce para o Leste não é?
— Acho bom não meter a gente em encrenca.
— Tá pedindo muito, não acha não?
Eles andaram por pelo menos duas horas, as meninas estavam maravilhadas com a paisagem, haviam prédios modernos, muitas pessoas nas ruas, lojas gigantescas e luzes por todas as partes. Aquilo era uma típica cidade grande brasileira, mas em outro país, às vezes elas se questionavam se realmente acontecera.
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Os Olimpianos: A Primeira Profecia (Livro I) ☀️
Fanfiction"Era para ser somente mais um dia de curso normal, ninguém esperava que um grupo de amigos, um deles com uma perna muito peluda inclusive, fosse esfaquear uma velha usando um bumerangue, sair correndo, roubar a vã do Diretor e sair dirigindo em alta...