Era uma vez, no jardim encantado,
Duas almas que o destino cruzou,
Ele, o cavaleiro de olhar apaixonado,
Ela, a donzela que o céu lhe enviou.Amigos de infância, laços de ouro,
Risos e segredos nas tardes sem fim,
O amor, como flor, desabrochou no outono,
E fez-se em promessas, sonhos enfim.Nos olhos dele, as estrelas brilhavam,
No coração dela, um mar de ternura,
Tudo era perfeito, o mundo cantava,
Um romance pintado de doce candura.Mas o vento traiçoeiro, sussurro frio,
Trouxe consigo uma mentira mortal,
Um veneno cruel, uma sombra sombria,
Que separou o casal em um golpe fatal.Falaram dela, da rosa mais pura,
Contaram histórias que o vento inventou,
E ele, cego pela dor da amargura,
Acreditou na mentira, e tudo desmoronou.A amizade que fora tão sólida,
O amor que juraram ser eterno,
Desfez-se em pó, por uma palavra pálida,
Que se tornou o inverno do coração fraterno.Agora, ele caminha em campos vazios,
Ela, perdida em sonhos desfeitos,
Dois corações que, outrora, batiam em uníssono,
Agora sangram, separados, imperfeitos.E no crepúsculo, ao olhar para o céu,
Ele ainda a vê, na estrela distante,
Mas a dor o afasta, como um véu,
Da verdade que fora, por um instante.Oh, tempo, cura essas feridas,
Devolve-lhes a paz que outrora habitava,
Pois mesmo no fim, onde tudo se finda,
O amor verdadeiro, sempre restava.E assim, no silêncio do fim do dia,
Ele sonha com o que poderia ter sido,
Enquanto ela, em lágrimas, se despedia,
Do amor que morreu, mas nunca foi esquecido.
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vagas lembranças em poemas
Randombaseado em meus pensamentos rotineiros e traumas marcados (com alguns momentos alegres)