O vazio que me habita é silêncio
Um eco de sonhos que se perderam no tempo
Me encontro só, despida de mim mesma
Navegando num mar de incertezas e lamentosAs horas se arrastam, dias sem fim
Carrego no peito um peso invisível
Um buraco que nada preenche
Nem as lembranças, nem o brilho de um sorrisoO reflexo no espelho é estranho
Vejo uma sombra de quem eu era
Fragmentos de uma jovem perdida
Que já não se reconhece na própria esperaTentei costurar as feridas abertas
Com a linha frágil da esperança
Mas o fio se rompe em cada tentativa
E a dor se faz presente, sempre avançaO amor que se foi deixou marcas profundas
E o vazio agora é meu companheiro
Uma companhia fria, sem palavras
Que transforma o calor do passado em geloMas talvez, um dia, encontre em mim
A força para me reconstruir
Pois mesmo na escuridão, há uma chama
Pequena, mas viva, esperando ressurgir.
VOCÊ ESTÁ LENDO
vagas lembranças em poemas
Randombaseado em meus pensamentos rotineiros e traumas marcados (com alguns momentos alegres)