Don't blame me.

Capítulo IV

O objetivo de Ashley ali era não deixar Megan e Dan tão próximos, mas eles já estavam. Ela via o seu plano falhar quando Megan reclama de nunca achar uma casa ou apartamento que coubesse em seu orçamento e que fosse próximo ao abrigo e, Dan como um cavaleiro montado eu seu cavalo branco e a sua armadura reluzente fala animado que o apartamento ao lado do seu estava alugando e que o valor era exatamente o que a garota poderia pagar.

Ashley insistiu várias vezes para que Megan passasse esse tempo a sua casa, mas a ruiva não queria incomodar a vida do casal que estava prestes a se casar e sabia a loucura que a vida dela estava, ela não queria ser mais um problema, na verdade, dois, se for contar com o bebê. Embora a amiga sempre lhe dissesse que ela nunca seria um problema, muito pelo contrário.

Apesar de Ashley colocar defeito em tudo desde o momento em que chegaram ao apartamento, ela viu o seu plano não funcionar quando Megan assinou o contrato. E quando dizemos que a garota colocou defeito em tudo, foi em tudo mesmo:

"Olha o som que esse piso faz, vai te irritar."

"Essa porta é meio torta, que horrível."

"Essa cozinha é minuscula, mal vai dar para fazer uma pipoca e assar uma pizza ao mesmo tempo."

"Faz muito barulho aqui, como vai deixar a janela aberta quando estiver calor?"

Isso foi só o começo das reclamações incessantes da garota, que no final não resultou em nada.

Ashley via a amiga assinar os papeis com um meio sorriso em seus lábios, ela sabia que embora a amiga estivesse feliz por encontrar um lugar, ela ainda estava ressentida por como tudo estava com o Tom. E ela tinha certeza disso toda às vezes que a garota evitava o assunto "Tom", não importando quem o puxasse.

Ashley volta para a casa e por todo o trajeto o seu pensamento era em Megan e como ela ia resolver isso, ela não queria ir contra o seu noivo que era superprotetor quando se tratava do irmão, mas não podia deixar a amiga se emaranhar mais nas garras do Dan, que de acordo com ela mesma estava se aproveitando da vulnerabilidade da ruiva para se aproximar.

Quando chega em casa, a garota estranha o silêncio na parte de baixo, que rapidamente se sessa com o saltitar barulhento de Max que vinha correndo em sua direção, quase perdendo o controle das suas patas quando tenta frear. Ela pula farejando e passando o focinho pelas roupas da garota enquanto seu rabo abanava sem parar.

— E ai, garotão? — Ashley se abaixa na altura dele. — Eu estava com a sua mamãe, ela tá morrendo de saudade de você.

O cachorro se animava ainda mais como se intendesse exatamente o que ela estava falando.

— Se você está aqui, então o bocó do seu pai também está. — Ela se levanta e o cachorro corre em direção às escadas latindo e pulando, como se estivesse contando para ela tudo o que esta acontecendo no andar de cima.

A garota sobe as escadas em silêncio, passando a mão pelo corrimão e se segurando, já que com a presença gigantesca de Max ali, um tombo não seria surpresa. Quando ela chega no andar de cima, um barulho vindo do seu quarto chama a sua atenção. Ela vai sem fazer barulho, mas mesmo que estivesse com uma banda de heavy metal isso não chamaria a atenção de Bill e Tom que estavam totalmente concentrados como duas crianças arteiras fazendo a sua maior obra de arte.

Tom estava sentado na cadeira da penteadeira da garota, com papel alumio enrolado em seu cabelo e uma toalha em seu pescoço, enquanto Bill estava parado ao seu lado com um pote e um pincel em uma mão, e a outra mão usando para mexer na tela do celular que o Tom segurava.