𝐎𝐍𝐄.

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𝟏.

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𝗗𝗶𝘃𝗮𝗴𝗮𝗻𝗱𝗼#𝟭
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ㅤㅤㅤEle ainda lembra nitidamente da cabeleira vermelha que vira na sede norte-americana do Instituto de Identificação Japonês. Naquela época, recordar-se de abrir a porta da sala do chefe sem batê-la, o que ocasionou deparar-se com um cliente sentado na poltrona de costas para si, não ousando olhar para trás mesmo com a presença de uma terceira pessoa. O agente curvou rapidamente num pedido de desculpas, lançando um olhar ao jovem de postura curvada  e escôndida que evidenciava sua inquietação — e medo.

. . .

ㅤㅤㅤHá 2 semanas, Chigiri compareceu a um trabalho na DAC* para assumir uma das vagas de retratista falado interino. Hoje, ele está novamente no departamento desde a manhã de segunda-feira e notou que não viu Rensuke o dia inteiro — não que estivesse ansioso para vê-lo, claro, mas, ficou decepcionado.

ㅤㅤㅤÉ o fim de seu expediente Hyoma está voltando da sala do delegado da DAC — vulgo Ego Jinpachi — após ter entregado todas as cópias dos rostos de possíveis criminosos, juntamente com relatórios para serem analisados pela equipe de investigação. Devido a sala do cujo-citado ser a última do segundo andar, possibilitou ao garoto divagar em pensamentos, sendo retirado mundo da lua quando escutou uma voz no corredor, dizendo: — Rensuke-san ainda não chegou?

ㅤㅤㅤChigiri olhou na direção por curiosidade, notando a porta com a placa de nome “Investigador Rensuke Kunigami” e dando de cara com Kaiser — o loiro alemão de mechas coloridas —, fazendo inevitavelmente o japonês sentir uma sensação ruim com tal presença; aqueles fios platinados faziam-no lembrar...

ㅤㅤㅤ— Tá tudo bem? — Michael Kaiser semi-cerrrou os olhos, sentindo certa satisfação, pensando: “É o garoto que Rensuke ficou será?”,  ele o reconheceu, mas permaneceu impassível, “Definitivamente é ele mesmo”.

ㅤㅤㅤ— Ah, sim? Sim! Estou, só... sou tímido, desculpe. — respondeu incerto, se curvando e vendo um aceno de cabeça de Kaiser que olhou-o pela última vez e disse: “Tudo bem.”, passando por ele e indo para o andar de baixo.

ㅤㅤㅤ“Por que isso agora...?”, disse a si em mente, tranquilizando-se seja lá pelo que fosse. Levantando a cabeça, ele quase seguiu em frente, no entanto, pensou: “a curiosidade matou o gato, mas será que Rensuke me mataria?”, expressou-se desconfiado, olhando os arredores rapidamente e embarcando na sala — já sabia que estava destrancada, já que não viu Michael trancá-la.

ㅤㅤㅤNão que esperasse algo surreal ali, todavia, era tão... Mórbido? Nem sabia se essa é a palavra certa para definir. No meio há uma mesinha baixa de vidro com duas poltronas de cor preta de cada lado, além da própria mesa dele e seu próprio assento ficando de frente para porta; fora outros detalhes irrelevantes, não havia nada como: imagens dele ou da corporação, família, nem um vasinho de planta ou prêmios e reconhecimento oficiais... Quase uma incógnita? Pensar nisso fez o avermelhado formar um biquinho encarando o local.

ㅤㅤㅤ— Novo trabalho aqui para você? — Hyoma foi pego de surpresa pela voz do dono da sala junto ao barulho da porta. O garoto sentiu o coração palpitar, dando um pulo e virando-se na direção do agente.

𝗣𝗢𝗟𝗜𝗖𝗘 𝗕𝗢𝗬 ' kunigiri.Onde histórias criam vida. Descubra agora