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Seul, Gangnam
Roseanne Park

Foi uma noite complicada e cansativa, Jennie esntrou em uma crise inexplicável e ficou a maior parte da noite em colapsos nervosos. Isso me partiu o coração e eu tentei ajudá-la da melhor forma possível.

Eu não consegui raciocinar nada do que aconteceu... como uma mãe poderia culpar a própria filha pela morte da irmã?? Apenas por gostar de alguém do mesmo sexo, isso pra mim é inacreditável.

Meu coração está em completa tristeza, imaginar que meu vô poderia apenas ter me abandonado pelo mesmo motivo... mas ele preferiu continuar me amando do meu jeitinho. Eu ainda estou incrédula.

Agora Jennie estava sobre meu peitoral, era hora da gente se levantar, mas eu não queria acordar ela. Faz pouco mais de três horas que ela dormiu, depois de tanto nervosismo ela parece tão calma e plena.

Eu estava fazendo um carinho suave em seu ombro quando senti ela se mecher. A olhei de canto de olho e vi sua cabeça levantar em minha direção, virei completamente meu rosto e então por pouquíssimo espaço quase encostamos nossos lábios, foi estranho... Mas não quis dizer ou fazer nada idiota, ela estava em uma situação difícil.

- Bom dia. - falei e percebi suas bochechas ficarem avermelhadas, então dei um sorriso de canto.

- Bom dia... - ela disse com a voz rouca e então suspirou. - Não dormiu? - ela perguntou.

- Não consegui. - ela fez uma cara de chateação, então eu completei. - Mas eu achei bom, preferi ficar acordada. - então ela concordou.

- Seu carinho é gostoso. - ela disse dando uma risadinha fraca e então eu me senti envergonhada.

Ela se levantou com calma e foi até seu guarda-roupa que era simplesmente enorme. E eu permaneci deitada apenas a observando.

- Eu estou morrendo de dor de cabeça, mas odeio me atrasar para as coisas... Irei me arrumar, você pode fazer o mesmo ou ir até a mesa. - ela disse então minhas sobrancelhas ficaram arqueadas. - Não tem problema, minha mãe ja deve ter ido pra escola e meu pai provavelmente nem dormiu aqui. - ela suspirou.

Então para dar uma privacidade maior a ela decidi ir até a mesa que estava posta na sala de jantar, tinha tanta coisa para uma casa onde ninguém iria comer. Então me sentei em uma cadeira e comecei a me servir, quando senti uma mão forte nos meus ombros.

- Bom dia, senhorita...? - a voz grossa surgiu me assustando.

Um homem com traços de Jennie se sentou a mesa comigo, então engoli a a seco e respondi.

- Park, Roseanne Park! - ele me olhou por um bom tempo ate dar um sorriso.

- Neta do Park Beom? - ele perguntou rindo e completamente feliz?

- Sim, isso mesmo o senhor seria o pai da Jennie? - perguntei e o mesmo concordou.

- Pode pegar o que quiser e comer a vontade certo? - concordei meio tímida.

- Por onde o senhor conhece meu avô? - perguntei curiosa.

- Ele é parceiro da minha empresa, somos bons amigos. - concordei.

Lembro do meu avô comentar sobre um Sr. Kim. Talvez seja ele mesmo.

- Bom dia papai. - Jennie disse assim que chegou a mesa dando um beijo na cabeça do pai

- Bom dia princesa. - ele respondeu e por algum motivo aquela cena deixou meu coração quente e reconfortado.

Depois desse bom dia uma conversa divertida foi colocada sobre aquele ambiente. O pai da Jennie era muito engraçado e a risada dela era tão gostosa de se ouvir e eu simplesmente não me senti uma intrusa naquela situação, me senti parte daquilo. Foi um café da manhã muito bom.

Musical Secrets - chaennieOnde histórias criam vida. Descubra agora