𝙲𝙰𝙿𝙸𝚃𝚄𝙻𝙾 𝟺𝟿

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🎶 ᵐᵘˢᶦᶜᵃˢ ᵈᵒ ᶜᵃᵖᶦᵗᵘˡᵒ

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🎶 ᵐᵘˢᶦᶜᵃˢ ᵈᵒ ᶜᵃᵖᶦᵗᵘˡᵒ

Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ¸¸.•*¨*•.¸¸ꕥ A escuridão da cela era sufocante, com apenas um fio de luz entrando pelas pequenas aberturas na parede de pedra. O ar era pesado e denso, carregado com o cheiro de mofo e desespero. Kael e eu fomos jogados ao chão frio e áspero, nossas mãos e pés presos por correntes que mal nos permitiam nos mover. O gosto amargo do tônico que nos fez perder nossos poderes ainda persistia em minha boca, e o medo pulsava em minhas veias, entrelaçado com a dor que latejava em meu corpo.

A porta rangeu, e meu coração deu um salto ao ver três figuras entrarem na cela. Baldur, Roderick e Atlas. O trio cujas vidas, de uma forma ou de outra, eu havia marcado. Baldur, o rei que perdeu seu reino. Roderick, o exilado. Atlas, traído por seu próprio povo. O ódio em seus olhos era palpável, cortante como uma lâmina.

― Vocês lembram de nós, não é? ― Baldur disse, sua voz carregada de rancor. Ele caminhou lentamente até mim, seus olhos queimando de raiva. ― Você... você destruiu tudo.

Tentei me afastar, mas as correntes me mantinham presa. Senti o frio da parede contra minhas costas, mas não havia para onde fugir.

― Você arruinou minha vida ― disse Roderick, aproximando-se de Kael, que estava ao meu lado. ― Fui expulso por sua causa, Freya, desonrado.

Eu olhei para Kael, e por um breve momento, nossos olhares se encontraram. Havia dor, arrependimento, mas também uma força que eu sabia que precisávamos para sobreviver.

Atlas, o mais imponente entre os três, se aproximou e nos olhou com um frio desprezo. ― Meu próprio povo se virou contra mim. Vocês têm ideia do que isso significa?

Eu queria gritar, me defender, dizer que não era culpa minha, que foram suas próprias escolhas que os trouxeram até aqui. Mas as palavras ficavam presas na minha garganta, esmagadas pelo peso do medo que eu sentia pela vida de Kael.

E então eles começaram a nos agredir. Baldur foi o primeiro, desferindo um soco brutal em meu rosto, que me fez ver estrelas. A dor irradiou pelo meu crânio, mas antes que eu pudesse me recuperar, senti um chute forte no estômago, me fazendo dobrar de dor. Roderick, por sua vez, atacou Kael, acertando-o repetidamente, enquanto Atlas segurava suas correntes para que não pudesse se defender.

Eu ouvia os gritos de Kael, cada um deles cortando meu coração como uma lâmina afiada. Queria ajudá-lo, queria lutar, mas minhas forças estavam esgotadas. Cada golpe que recebíamos parecia tirar mais um pedaço da minha alma, até que tudo o que restava era uma dor lancinante e a certeza de que estávamos à mercê deles.

― Isso é por tudo o que você fez ― Baldur cuspiu, dando-me outro soco que fez minha visão turvar. ― Vocês destruíram nossas vidas, e agora, estamos aqui para garantir que vocês paguem.

A dor era insuportável, mas eu sabia que, de alguma forma, precisávamos sobreviver. Por mais que tudo parecesse perdido, ainda havia uma chama dentro de mim, uma pequena esperança de que, se conseguíssemos superar isso, poderíamos encontrar uma maneira de escapar. Mas, por agora, tudo o que podíamos fazer era suportar. E esperar.

Laços de Encantamento - [ Em revisão ]Onde histórias criam vida. Descubra agora