24 ☾| Riley clark

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Sexta feira, 01/09/2021.

- O que é isso?- Sinto meu carro arrastar para um lado ao rodar lentamente.

Encosto o mesmo do lado de uma cafeteria, desço e verifico.

- Merda!- xingo ao perceber o pneu do carro furado.

- Oi moça? O que aconteceu?- um homem mais velho se aproxima.

- O pneu furou, o que eu faço agora?- Expliquei, amarrando meu cabelo em um coque.

Ele me olhou com um sorriso gentil e falou:

- Eu concerto, não se preocupe, pode esperar ali!- verificou o pneu e olhou para mim.

- Ainda bem moço, obrigada pela gentileza!- respondi com um sorriso no rosto.

Caminhei poucos passos até a cafeteria quando começo a pensar.

Será que esse homem é gentil mesmo ou ele vai querer alguma coisa em troca quando acabar de concertar o pneu do carro??...

Acho melhor eu pagar ele...

Parei de pensar nisso quando ouvi um noticiário.

"Hoje nessa noite de sexta feira, um jovem extremamente perigoso, que era procurado há sete anos por ter assassinado dessoito pessoas foi preso, aparentemente ele foi encontrado embriagado em um hotel com outros dois jovens, a polícia ainda não sabe se os dois foram cúmplices desse massacre ou se tem mais alguém envolvido, os três foram levados para delegacia e aguardam para o julgamento. Agora fiquem com as imagens do criminoso."

Arregalei meus olhos ao ver as fotos de Aaron.

Era ele...Aaron Walton, não, não, não...

- Não pode ser...

Um formigamento nas minhas mãos, um calafrios percorreu pelo meu corpo, engoli em seco e sai da cafeteria.

Meu namorado não pode ser um assassino...eu sei que ele fez umas crueldades comigo mais nada além disso, ele não teria coragem de tirar uma vida, ou teria?

Não... não posso acreditar nisso.

Começo a respirar com dificuldade, sinto meu coração acelerar e logo sinto uma tontura.

Me sento em uma cadeira do lado de fora da cafeteria.

- Moça? Você tá bem?

Escuto a voz do homem gentil que consertava meu carro.

...

10:00

Já eram dez horas da noite, depois que eu me acalmei, paguei o moço pelo concerto e bebi uma água.

Já no caminho para casa tento ligar para Aaron mas a ligação caia para caixa postal.

- Merda!!

Ao chegar em casa vejo minha mãe andando inquieta na sala enquanto meu pai estava no sofá com a cabeça baixa.

- Mãe! Pai!- falo fechando a porta atrás de mim.

Minha mãe se aproxima rapidamente, me abraçando forte.

- Oh filha! Eu sei que é difícil acreditar, eu nunca teria deixado você namorar aquele criminoso se eu soubesse disso antes...- Ela Falou, acariciando meus cabelos.

- Não fale assim dele!- Falei em um tom de voz alto.

Meus pais me olham com tristeza e desapontados.

- MEU NAMORADO NÃO MATOU NINGUÉM, NÃO OUSEM FALAR ASSIM DELE NOVAMENTE, ELE NÃO FEZ ISSO, ELE NUNCA FARIA ISSO...- gritei, minha lágrimas escorrendo pelo meu rosto.

Eu estava em negação.

Minha mãe me abraçou forte junto com meu pai, logo depois ela me obrigou a tomar vários calmantes que me fizeram dormir a noite inteira.

Sábado, 2/09/2021

Ao acordar sinto um peço em cima das minhas pernas, esfrego as mãos em meus olhos e vejo meu cachorro deitado em cima das minhas pernas.

Fico deitada na cama por horas, tentando esquecer o que aconteceu ontem, mas era inevitável não pensar.

"Procurado há sete anos, por assassinar dessoito pessoas..."

Será que era verdade??...

11:39

Decidi ir até a cozinha para comer alguma coisa, até por que desde de ontem que eu não me alimento.

Ao chegar na sala vejo minha mãe assistindo televisão e paro para ver.

Logo um noticiário aparece.

" Hoje nessa manhã, a polícia confirmou que o criminoso procurado há sete anos foi preso, o filho do empresário Benjamim Walton, Aaron walton, confessou o crime, seus dois amigos que estavam com ele ontem no hotel também foram presos, os três foram acusados de homicídio doloso. O juiz essa manhã decretou 1 ano de prisão para os três, que aparentemente são conhecidos como, os cavaleiros da morte."

Fico paralisada olhando e escutando o noticiário, minha mãe logo percebi e desliga a televisão.

- Está com fome filha? Você não deveria ter descido eu ia levar seu almoço.- Ela falou se aproximando de mim.

- Não me trate assim, eu estou bem!- Respondi, limpando minha lágrima e indo na direção da cozinha.

Eu não estava acreditando até o jornalista falar que Aaron confessou...eu queria ouvir e ver ele, mas me faltou coragem de ir até ele.

Eu acreditei nele, eu confiei nele, ele jurou que me contaria tudo e quebrou sua promessa...

Um ano de prisão? pra mim ele morreu assim como as pessoas que ele matou...

Pensei, com raiva, eu sabia que estava pensando besteira, estava frustada com tudo e todos eu só queria dormi e acordar desse pesadelo.

- Porra!!- quebrei um copo na parede.- Desgraçado, merda, merda, merda!!- xinguei tentando não chorar.

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