34 ☾| Riley Clark

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— Esperei dois anos por isso, é claro que estou com pressa meu amor.

Como assim? Ele me esperou esse tempo todo?

Espera, você não teve nenhuma relação sexual depois que saiu da cadeia?- Perguntei ainda surpresa.

Pelo que eu vi no jornal, na cadeia que Aaron estava, só tinha homens, a cadeia que tem somente os presidiários mais  perigosos.

Ele sorriu.

— Não, nenhuma.- Respondeu.

— Por que?

— Nenhuma mulher me deixa louco como você, Riley.- Respondeu mordendo o lábio inferior.

Eu não sei o que está acontecendo comigo, eu quero ele, mesmo sabendo que ele não presta, eu o quero só para mim.

Se pelo menos eu tivesse bebido eu teria essa desculpa esfarrapada para usar contra ele, caso eu me arrependesse amanhã.

— Você deve me odiar né? Eu sou um monstro.- falou, se levantou de cima de mim.

Por que ele acha que eu o odeio?

Fiquei em silêncio, observando Aaron sair do quarto.

Ele percebeu que estou com receio de ficar.

— Ei, por que acha que eu odeio você?- perguntei me levantando da cama.

Fui até a sala e vejo que Aaron estava sentado no sofá.

Me aproximei e logo eu estava em pé em sua frente.

— Por que acha que eu odeio você?

Ele desviou seu olhar para mim e disse.

— Não está claro? Eu matei pessoas, espanquei aquele seu amigo Thomas e quebrei nossa promessa.- respondeu, com um tom de voz um pouco alto.

Seu olhar para mim estava diferente.

— Eu não odeio você seu idiota!- respondi.- Foda-se o que você fez com o Thomas e no passado, foda-se essa merda de promessa, eu não ligo para isso, não mais. A única coisa que eu me importava, era o meu sonho de ser modelo, e nem nisso eu não sou boa.- falei cerrando os dentes.

— Você é linda, a mulher mais doce que eu já conheci nessa vida, você é boa no que faz, tem talento e é determinada, já eu sou um monstro que sujou as mãos muito cedo com sangue de pessoas ruins.- respondeu, com os olhos cheios de lágrimas.

Porra.

Eu nunca tinha visto o Aaron chorar na minha frente.

A merda dessas lágrimas tinham que aparecer agora?

Você não é um monstro! Eu que sou.- Respondi, sentindo minhas lágrimas escorrerem pelo meu rosto.

Aaron me olhou e eu pude notar seu olhar triste e cansado.

Eu amo homens com cara de coitadinhos...

Ele então me puxou mais para perto, me fazendo sentar em seu colo completamente.

— Por que você acha isso?- perguntou, com suas mãos ao redor da minha cintura.

- Eu...descobri antes do acidente que minha mãe foi estrupada, eu sou a merda de uma pessoa indesejada, eu sou filha de um estrupador.- expliquei baixinho, com meus olhos cheios de lágrimas.

Droga, por que eu fui lembrar dessa merda...

Seus olhos e os meus estavam fixos.

Ele levou suas mãos até meu rosto, e enxugou minhas lágrimas com seus dedos indicadores.

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