𝐒𝐎𝐍𝐆 𝐑𝐄𝐌𝐀𝐈𝐍𝐒 𝐓𝐇𝐄 𝐒𝐀𝐌𝐄 | ❝Você já esteve nessa estrada por muito tempo
Ouvindo música, mas não é sua canção
Querendo gritar, mas sua voz se foi
Dias trancados dentro de sua cabeça.❞
Para Alex Winchester, o normal nunca esteve na equ...
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"Nós enfrentamos o caminho do tempo. E ainda assim eu luto." ― Alice in Chains
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Final de abril de 2008 Erie, Pensilvânia
Alex acordou com a coisa mais próxima de casa que existe: o ronco familiar do motor do Impala. Van Halen estalava levemente no aparelho de som enquanto ela piscava os olhos doloridos e se perguntava grogue que horas do dia ou da noite eram. Seus músculos resmungavam com a posição apertada em que ela dormia — o que era engraçado porque, a essa altura, ela achava que seu corpo deveria estar acostumado a todo esse abuso.
Com um suspiro interno, Alex se arrastou rigidamente para cima para se sentar, fazendo careta enquanto massageava um ombro dolorido. Como acontecia com muita frequência em sua vida, ela quase se sentiu mais cansada depois de descansar do que antes.
No banco da frente, com uma mão no volante, Dean cumprimentou-a com um leve virar de cabeça.
"Bom dia, raio de sol."
Ela podia ouvir o sorriso afetuoso em sua voz. Alex desistiu em seu ombro, murmurando uma resposta enquanto seus olhos iam para seu irmão gêmeo um pouco mais velho, Sam. Uma pontada de ciúme melancólico percorreu Alex. Ele roncava suavemente no banco do passageiro da frente, sua cabeça gigante pendendo sobre seu ombro. O cara conseguia dormir durante um furacão. Alex desejou ter herdado essa característica da loteria genética.
O carro diminuiu a velocidade e parou, rolando até parar em um posto de gasolina rural. Dean deu um soco no ombro do irmão que dormia, aproveitando a reação que obteve: Sam acordou sobressaltado, as mãos voando para cima para se defender enquanto ele se esforçava para se orientar e exclamava algo como "hã, o quê!?"
"Chega de dormir, Sammy. Levante e brilhe!" Rindo como se tudo estivesse bem e elegante, Dean saiu do carro e começou a abastecê-lo.
Com uma expressão afetada, Sam exalou sua irritação e revirou os olhos antes de olhar de volta para seu gêmeo. "Ei", ele murmurou, a voz áspera de sono. Então seu rosto suavizou e sussurros de preocupação apareceram. "Pesadelos de novo?"
Os olhos de Alex se voltaram para os dele. Ela era realmente tão transparente? Talvez fosse apenas parte de sermos gêmeos. Talvez fosse porque ele também tinha pesadelos. Ela quase se esqueceu de responder. Ser capaz de falar ainda era relativamente novo. Limpando a garganta quando percebeu que precisava responder, Alex foi com um muito eloquente, "Nah."
Sam parecia duvidoso. E ele estava certo — era mentira . Alex lutou contra a demora na distorcida paisagem onírica atormentada por olhos amarelos e ossos triturados... o inferno pessoal de gritos ecoando enquanto ela lutava inutilmente para impedir que mãos com garras arrastassem Dean para a morte.
