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Isobel aparatou para Londres no dia seguinte. Ela não podia se permitir esperar mais, por medo de perder a coragem que Gina havia inspirado nela.

Era estranho estar desse lado da rua. O prédio do apartamento de Draco de repente pareceu muito grande, enquanto ela subia suas escadas - muito mais intimidador quando ela não estava no conforto do seu canto sombreado da rua.

As portas de vidro do prédio estavam trancadas. Na parede de tijolos adjacentes havia pequenas colunas de números e botões, que ela assumiu que fosse algum tipo de sistema de campainha trouxa para os apartamentos. Claro, ela não sabia o número do apartamento de Draco, e não tinha nenhum desejo de chamar algum de seus vizinhos. Então, ela olhou em volta para ter certeza de que ninguém estava observando, lançou um discreto Alohomora na tranca, e fez seu caminho para dentro do prédio.

O lobby do prédio era um espaço pequeno, mal iluminado, cheio de linhas de caixas de correio de madeira. Isobel se moveu rapidamente pelo meio para uma escadaria estreita, não se permitindo tempo para hesitar.

Se o apartamento de Draco era no terceiro andar, diretamente acima do apartamento da frente, isso significava pegar uma direita depois da escada.

O que significava, que essa era a porta dele, aqui. Isolado no final do corredor do terceiro piso. Frágil, branca, de madeira - e tão aterrorizante.

Isobel respirou fundo. Ela não tinha ideia do que deveria dizer à Draco; tinha medo de planejar. Ela esperava que uma vez que ela o visse, as palavras iriam fluir, mas agora ela não tinha mais tanta certeza.

Ela deixou o capuz de seu sobretudo cair.

Ela estava usando maquiagem pela primeira vez em um longo tempo, que parecia pesada em seu rosto, agora. Além disso, ela havia demorado mais de uma hora para escolher uma roupa naquela manhã - tudo para encontrar com um garoto que ela nem se lembrava. Ela não tinha explicação para isso.

Com exceção de - e se Draco desse uma olhada em Isobel Young, e decidisse que não a queria mais?

— Tenha coragem, Grifinória, — Ela murmurou alto. Então ergueu um punho, e bateu à porta bruscamente.

E nada.

Ela bateu novamente. Minutos passaram, ou possivelmente, segundos bem longos, mas nada aconteceu. Ninguém veio até a porta.

Ele não estava em casa.

Ela quase riu do absurdo que era. Tinha demorado meses para ela reunir coragem para falar com ele, e pela primeira vez em todas as suas visitas em seu apartamento, ele não estava lá.

Uma porta abriu atrás dela e ela se virou rapidamente, meio que esperando ver Draco emergir. Mas ao invés, uma mulher de rosto gentil e cabelo cacheado sorriu para ela, parada na entrada de um apartamento vizinho. — Olá. — Disse a mulher. — Posso ajudá-la?

Isobel abraçou seu sobretudo em volta dela, se sentindo constrangida. Ela acenou para a porta de Draco com a cabeça. — Você sabe se ele está em casa?

— O garoto que vive nesse apartamento? Ele acabou de sair, na verdade, uns vinte minutos atrás. Eu não o conheço. — Disse a mulher, por meio de confissão. — Mas eu o ouvi sair.

— Certo. — Disse Isobel. — Ok, eu vou indo, então...

— Você é uma amiga dele? Namorada?

Isobel sentiu seu rosto corar. — Sim. Quero dizer, sou uma amiga. Você nunca o conheceu?

— Nunca. — Disse a mulher, contemplando. — E ele vive aqui há mais de um ano. É tão estranho, sabe. Conheci tantos outros vizinhos, mas ele e eu continuamos nos desencontrando.

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⏰ Última atualização: Aug 27 ⏰

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Querido Draco pt. 2 (Dear Draco pt. 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora