d r a c o
Draco estava olhando o céu. Ele estava em pé em seu quarto, olhando, já havia pelo menos trinta minutos. Seus antebraços estavam começando a ter cãibras de onde suas mãos descansavam contra o parapeito da janela.
Ele suspirou e se moveu para deitar em sua cama. Ele decidiu contar até cem antes que se permitisse a olhar para o céu novamente.
Recentemente ele havia ido comprar mobília, então seu quarto estava mais cheio do que ele havia se acostumado. Ele havia se dado um dia para gastar sua energia: um dia para conseguir tudo o que precisava, antes que ele estivesse permitido a se trancar aqui novamente. Sua aquisição incluía uma estrutura de cama, duas mesas de cabeceira e um sofá para a sala de estar. Ele também levou várias luminárias de mesa, e gostava de deixar todas acesas, junto com a iluminação superior.
Ele estava bem impressionado consigo mesmo, na verdade. Não havia muita utilidade em objetos materiais para ele - ele nunca realmente saía de sua cabeça - mas pelo menos parecia que alguém vivia em seu apartamento agora. Parecia adulto. Às vezes, ele imaginava Belly ao seu lado, cabeça aninhada ao seu pescoço, um braço em seu peito, Ele gostava de imaginar que era o apartamento deles, não só dele.
Quando ele não estava vivendo em um mundo de devaneios, ou senão sentindo pena de si mesmo, ele estava sobrecarregado com uma raiva inquietante.
Ele estava bravo com as cartas que o mundo havia lhe jogado; com a vida em que ele acabou. Ele estava bravo consigo mesmo - furioso - por ter sido tão sem noção de deixar o lado de Isobel na guerra. Ele estava zangado com seu eu mais novo também, por ter forçado algo que sempre foi errado. Se ele nunca tivesse conversado com ela - se ele tivesse ignorado os constantes, esmagadores impulsos que ele sempre teve de falar com ela, de irritá-la, de chamar a atenção dela... Se ele nunca tivesse se apaixonado por ela, e ela nunca por ele, talvez ela ainda estivesse viva.
Sobretudo, agora, ele estava zangado com sua mãe, que decidiu que um ano era mais do que tempo suficiente para seguir em frente, e agora estava tentando organizar o casamento dele com outra garota. Estava forçando ele a conhecê-la, logo. E comprar estúpidas flores para ela, das quais ele não tinha a menor ideia.
Ele não fez nada com essa raiva, claro. Apenas deitava lá e a deixava fermentar.
Uma batida em sua porta o tirou de seu devaneio. – Entre. – Ele disse alto, sem se mover. A única pessoa que batia à sua porta era Blaise, que gostava de aparecer sem aviso a cada poucas semanas ou mais. A maioria dos amigos de Draco da escola haviam se distanciado um pouco dele. Eles pareciam se sentir apreensivos com ele, agora que ele não usava a máscara de sarcasmo e desprezo. Mas Blaise mostrou à situação de Draco uma compaixão inesperada , e, de uma maneira meio forçada, fez como sua missão garantir que Draco não passasse todo o seu tempo deitado na cama.
– Está congelando aqui – Blaise chamou, no lugar de um cumprimento. Seus passos ressoaram pela sala. – Posso fechar uma janela?
– Não. – Draco murmurou. Mas Blaise parecia ou não ter ouvido ou tê-lo ignorado, porque o som de uma janela se fechando com um clique veio. O barulho de Londres diminuiu para um leve zumbido.
– Bem. – Blaise apareceu na porta. – Como você está? Que claro aqui, cara. Jesus. – Apertando os olhos, ele apagou a luminária mais perto dele. – A maioria das pessoas depressivas gostam do escuro, sabe. – Ele enrugou o nariz. – E que cheiro é esse? É como... Açúcar queimado-
Draco revirou os olhos. Na mesa de cabeceira ao seu lado estava uma garrafa de vidro rosa - o perfume de Isobel. Ele apontou para ela. – Eu acho que é caramelo.
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Querido Draco pt. 2 (Dear Draco pt. 2)
FanficMeu mais querido amor, > Esta história não é minha, ela pertence a @malfoyuh. • Estou apenas traduzindo. • Versão original em inglês: "Dear Draco pt. 2". (A versão original está na lista em meu perfil).