11° capítulo

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Enquanto Red, Chloe, Mal e Henry caminhavam em direção à caverna, o silêncio entre eles era pesado, mas havia uma determinação clara em cada passo que davam. A luz do amanhecer ainda se filtrava pelas janelas do castelo, mas ao se aproximarem da entrada do subsolo, a claridade foi se dissipando, sendo substituída por uma penumbra inquietante. Red sentia o aperto da mão de Chloe em sua, e isso lhe dava a coragem que precisava para continuar em frente.

Ao chegarem à entrada da caverna, a atmosfera ficou mais densa, quase sufocante. O ar estava frio e úmido, e a escuridão parecia engolir a pouca luz que sobrava. Mal parou por um momento, analisando o ambiente ao redor.

— Precisamos ser rápidos e cuidadosos — disse Mal, sua voz firme, mas com uma ponta de apreensão. — Não sabemos o que nos espera lá embaixo.

Red assentiu, apertando mais a mão de Chloe.

— Estamos com você — respondeu Red, sua voz carregada de determinação.

Eles começaram a descer, um de cada vez, pelas escadas estreitas que levavam ao subsolo. A cada passo, o som de suas respirações ficava mais alto, e o silêncio ao redor se tornava quase ensurdecedor. A escuridão era total, e apenas a pequena tocha que Mal carregava iluminava o caminho à frente.

Quando finalmente chegaram ao fundo, a caverna se abriu em uma vasta câmara, e uma sensação de poder maligno emanava das paredes. No centro da câmara, uma estranha pedra negra brilhava com uma luz própria, pulsando como se tivesse vida. Red sentiu um arrepio subir pela espinha ao olhar para ela.

— Essa é a fonte da energia sombria — disse Mal, seu olhar fixo na pedra. — Precisamos destruí-la antes que ela possa causar mais danos.

Henry, que ainda estava abalado pelos acontecimentos anteriores, deu um passo à frente, sua expressão tensa.

— Eu... eu quero ajudar. Preciso fazer isso, para compensar o que aconteceu.

Mal assentiu, mas antes que pudessem formular um plano, a pedra começou a brilhar com mais intensidade, e uma sombra surgiu de dentro dela, tomando a forma de uma criatura grotesca e distorcida. Seus olhos eram poços de escuridão, e sua presença fazia o ar vibrar com uma energia negativa.

— Se preparem! — gritou Mal, sacando sua espada.

Red e Chloe ficaram lado a lado, com os corações acelerados, mas com a coragem que vinha do amor que sentiam uma pela outra. Elas sabiam que a batalha seria difícil, mas não podiam deixar o medo tomar conta.

A criatura avançou com um rugido ensurdecedor, e a luta começou. Mal atacou com sua espada, tentando manter a criatura longe da pedra, enquanto Henry tentava usar sua magia para enfraquecer a força da sombra. Red e Chloe se moveram como uma equipe, coordenadas, atacando juntas e protegendo uma à outra dos golpes que a criatura desferia.

Cada ataque era uma batalha contra a escuridão, mas Red sentia que algo estava mudando dentro dela. Era como se o amor que sentia por Chloe estivesse crescendo, tornando-se uma força palpável que alimentava sua coragem. E ela percebeu que Chloe sentia o mesmo. As mãos de Chloe, embora trêmulas, estavam firmes ao segurar a sua, e seus olhares se encontravam frequentemente, trocando forças sem a necessidade de palavras.

Por um momento, pareceu que a criatura estava ganhando, suas sombras envolvendo o grupo e drenando suas forças. Mas foi nesse momento que Red sentiu uma onda de energia atravessar seu corpo, uma força que vinha de seu próprio coração. Ela olhou para Chloe, que estava lutando ao seu lado com uma ferocidade determinada, e soube o que precisava fazer.

— Chloe, precisamos unir nossas forças! — gritou Red, segurando a mão dela com firmeza.

Chloe assentiu, seus olhos brilhando com compreensão. Juntas, elas concentraram suas energias, canalizando o poder que vinha do amor que compartilhavam. Uma luz suave começou a emanar delas, crescendo em intensidade até que explodiu em um raio de luz pura que atingiu a criatura, fazendo-a recuar com um grito de dor.

SOB A LUZ DE AURADON - lelecerejeiraOnde histórias criam vida. Descubra agora