𝑶𝒍𝒊𝒗𝒊𝒂 𝑩𝒆𝒏𝒔𝒐𝒏 é como o gelo: reservada, controlada e marcada por traumas que congelaram seu coração. A vida a ensinou a esconder sentimentos, e seu trabalho como detetive da Unidade de Vítimas Especiais só fortaleceu essa armadura. Mas t...
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Setembro de 2009
Após dez anos na divisão de Vítimas Especiais, fui chamada por uma colega do FBI para um caso infiltrada, mas nunca imaginei que minha missão seria me tornar uma narcotraficante em uma rede criminosa. Quando Danna me ofereceu a oportunidade de um caso infiltrado do FBI, eu não hesitei. Elliot,meu parceiro nesses anos, sempre protetor, tentou me dissuadir, mas a decisão já estava tomada. Embarquei no avião rumo à Virgínia, concentrada na tarefa à frente, enquanto recebia um documento sigiloso da minha colega.
A missão era clara: infiltrar-me como uma traficante em busca de um grande lote para enviar à Colômbia e desmantelar a rede liderada por "El Dragon", um dos maiores distribuidores de drogas que o FBI vinha investigando há dois anos. Capturá-lo poderia levar a chegar até o alto escalão do tráfico. Era a chance perfeita para mostrar minhas habilidades.
Nos dois primeiros dias, mergulhei de cabeça nos estudos sobre o submundo do narcotráfico. O FBI suspeitava que, além de drogas, houvesse tráfico humano envolvido. De Olívia Benson a Katherine Marllet, absorvi todo o conhecimento necessário para conquistar a confiança dos envolvidos.
Danna, também infiltrada, fazia parte da minha equipe de "capangas". Todo narcotraficante de respeito tem a sua. Também possuo um galpão reservado para encontros clandestinos, além de frequentar boates e baladas. Minha aparência era cuidadosamente planejada: botas de cano alto, meia-calça e saia, um casaco de pele e um cigarro que, apesar de não gostar, fazia parte da minha fachada.
Após duas semanas de intenso trabalho, finalmente consegui um encontro com "El Dragon" na boate que ele controlava. Era a oportunidade de provar meu valor e desvendar os segredos que poderiam levar à queda do império do tráfico.
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Ao pisar naquele lugar, o cheiro de álcool misturado com nicotina atingiu minhas narinas, e eu precisei de alguns segundos para evitar a náusea. Com um sorriso irônico, ergui uma das mãos com o cigarro e com a outra estalei os dedos para que meus capangas me seguissem. Enquanto eu caminhava, as pessoas se afastavam, e eu mantinha o olhar fixo em uma mesa à frente. Já havia visto fotos suficientes para identificar a pessoa certa.
