𝑶𝒍𝒊𝒗𝒊𝒂 𝑩𝒆𝒏𝒔𝒐𝒏 é como o gelo: reservada, controlada e marcada por traumas que congelaram seu coração. A vida a ensinou a esconder sentimentos, e seu trabalho como detetive da Unidade de Vítimas Especiais só fortaleceu essa armadura. Mas t...
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"Um pouco de tempo para te mostrar que valho a pena Eu sei que posso ser uma pessoa difícil"
Olivia Benson
Ninguém esperava a morte de Danny. Eu percebi o olhar de culpa em Emily; ela devia estar pensando que, se o tivesse impedido de ir embora na noite anterior, ele ainda estaria vivo. Mas eu tinha minhas dúvidas sobre isso.
Fomos até o necrotério, onde Melinda, a legista, havia examinado o corpo. A notícia não era boa: o laudo de Melinda foi inconclusivo. Ela não podia afirmar se a morte foi suicídio ou homicídio. Danny era usuário de drogas, o que complicava ainda mais a situação. Minha teoria era que ele tinha sido segurado por alguém que errou a veia várias vezes, evidenciado pelos múltiplos furos. Contudo, Melinda sugeriu que a briga que Danny havia se envolvido poderia ter causado uma concussão, deixando-o zonzo e fazendo-o errar a veia durante a tentativa de injeção.
Emily, preocupada com a falta de progresso, pediu a Melinda que segurasse o laudo por mais algum tempo, pois queríamos identificar quem estava por trás da morte de Danny antes de divulgar a causa.
Naquela noite, chegamos à delegacia e encontramos o Capitão e a promotora Cabolt, minha velha conhecida. Assim como nós, ela estava determinada a descobrir o responsável. Nosso principal suspeita era Prince, o atleta que havia feito ameaças na boate na noite anterior. No entanto, para nossa surpresa, Prince se apresentou para um interrogatório de forma voluntária.
Ele estava acompanhado de seu advogado e, ao ser questionado sobre seu álibi no horário da morte de Danny, apresentou um vídeo que mostrava, com data e hora precisas, que ele estava em sua casa, na cama, em relação sexual com duas mulheres. O vídeo parecia autêntico e detalhado o suficiente para confirmar seu álibi.
– Horas podem ser manipuladas – Prentiss foi a primeira a falar, com uma expressão séria.
– Precisamos de mais do que isso – completei, trocando um olhar significativo com Prentiss.
O advogado de Prince interveio, segurando um documento. – Por isso trouxemos um acordo formal assinado por duas testemunhas, detalhando os horários de entrada e saída do quarto de Prince. – Ele entregou o papel para nós.
– Você sempre filma seus encontros? – Prentiss perguntou, sua voz carregada de ironia.
Miller sorriu, um tanto condescendente. – Com tantas acusações falsas circulando, é prudente garantir a veracidade dos eventos. – Ele lançou um olhar sedutor para Prentiss. – Não é?
Prentiss o encarou com desdém, enquanto eu examinava o documento. – Pode até ser, mas o fato é que o vídeo e o acordo não provam que você não tenha tido contato com Danny
