Sinopse
O que você faria se perdesse o amor da sua vida?
Quando o amor da sua vida surge, será que você se revela por completo? Mostra sua verdadeira essência?
O amor nem sempre começa com uma explosão de paixão; às vezes, ele se desenvolve silenci...
Saber encontrar a alegria na alegria dos outros é o segredo da felicidade.
Georges Bernanos
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Bella
Acordo sentindo muito calor, meu corpo está pressionado contra o lado de Pietro, a cabeça em seu peito. Minha perna está em cima do seu quadril, seus braços ao meu redor, o queixo descansando no topo da minha cabeça. Seu cheiro está por toda parte. Meu coração bate mais rápido quando vejo seu rosto sereno adormecido. A boca perfeita levemente entreaberta, sinto a pele macia de sua bochecha na ponta dos meus dedos. Pietro é lindo.
Levanto devagar para não acordá-lo, ele deve estar cansado de ficar no hospital comigo e ainda subir cinco lances de escadas comigo nas costas.
Pego um vestido confortável e saio do quarto. Martín não está no apartamento e não há nada para comer pronto. Vou para o banheiro. Escovo os dentes, lavo o cabelo e tomo um banho para tirar o cheiro do hospital do meu corpo. Quando me sinto limpa, volto para o quarto. Pietro está acordado mexendo no celular concentrado, ele tem mãos grandes, os dedos longos e bonitos. Ele está sem os sapatos, só de meias.
Pego o relógio e vejo que são quase meio-dia. Estou morrendo de fome, não comi quase nada no hospital; a comida estava sem sabor. Olho para a cama colocando as roupas no cesto enquanto pergunto:
— Oi, você conseguiu dormir bem?
— Um pouco, seus vizinhos são muito barulhentos — responde, guardando o celular e me dando toda atenção.
Me mexo no lugar, minha cama não é das mais confortáveis, ele deve dormir no melhor colchão disponível no mercado.
— Você está com fome?
— Sim, pedi comida; já deve estar chegando — espreguiça-se levantando-se.
— Não precisava, eu poderia fazer algo para nós comermos — olho para seu rosto sereno quando Pietro para na minha frente examinando meu rosto. Seu polegar acarícia minha face, seus dedos mais ásperos do que imaginei. Minha boca fica seca, tomo uma respiração profunda quando percebo que estou sem respirar.
— Está na hora de você tomar seus remédios — me lembra, pegando-os em cima da cômoda e me entregando.
Vou para a cozinha em busca de água. — Tinha me esquecido, obrigada.
— Quanto tempo falta para você terminar os estudos? — indaga, aproximando-se, quase tocando-me. Sinto sua respiração próxima à parte de trás da minha cabeça.
— Quatro meses. Parei na metade do semestre — completo o copo de água e tomo os remédios.
— Não falta muito — murmura, e ouço alguém bater na porta do apartamento; deve ser a comida.
— Eu atendo — diz, dirigindo-se à porta. Pietro tira dinheiro da carteira e paga ao entregador.
— Eu não sabia do seu gosto, então pedi carne de frango e macarrão com molho branco. — comenta, colocando a comida sobre a mesa, enquanto eu pego pratos, talheres e copos. Pietro me ajuda a arrumar a mesa.
