Janela

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Vitória narrando:

Cheguei lá e, como estava muito tarde, tive que pular a janela para entrar. Me pendurei na árvore, dei um pulo e me agarrei na janela, mas estava muito escorregadia e eu me desequilibrei, acabando por cair com tudo. Na hora, vi tudo embaçado e a última coisa que percebi foi a Bia, até que eu apaguei. Acordei no outro dia com uma dor de cabeça insuportável e vi que havia alguém segurando a minha mão. Quando olho para o lado, era a Bia.
Vitória: O que está acontecendo e onde eu estou?

Bia: Você escorregou e acabou caindo da janela. Eu te trouxe para o hospital. Me desculpa, Vitória. (Vejo os olhos dela encherem de lágrimas.)

Vitória: Calma, Bia. A culpa não é sua. Eu vou ficar melhor, não se preocupe
.
Puxo-a para um abraço e começo a confortá-la até que ela pare de chorar. Ela olha pra mim com um bico.

Bia: Vitória, você tá bem mesmo?

Vitória: Acho que sim, mas não se preocupe, princesa.

Ela me olha com aqueles olhinhos lindos e eu não consigo aguentar; dou um selinho nela e ela retribui até que uma médica entra no quarto.

Doutora: Que bom que você está acordada! Foi muita sorte você não ter fraturado uma perna ou uma costela.

Vitória: Eu vou poder ir pra casa quando, doutora?

Doutora: Mais ou menos em duas semanas ou menos. Não foi algo tão sério. Uma pergunta: vocês namoram?

Vitória: Não, doutora. Somos amigas. Obrigada pelo aviso.

Ela sai da sala, deixando só eu e a Bia no quarto. Bia começa a me olhar de novo.

Bia: Vitória, acho que te amo.

Vitória: Era exatamente isso que eu queria te falar.

Bia: Mas você sabe que não daria certo, né?

Vitória: Por quê?

Bia: Meu pai te odeia e eu tenho que namorar o mimado do João porque o pai dele é rico.

Vitória: Ninguém precisa saber, princesa.

Bia: Sei não... Acho que não daria certo. Tenho que pensar nisso. Amanhã eu te respondo, linda. Melhoras!

Ela me dá um beijo na testa e um abraço e sai. Que menina complicada...

Te esqueço ou te espero Where stories live. Discover now