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pov's Rindou

Eu estou puto, emputecido demais. Ran me irritou o dia inteiro e no final do dia ele vem querer discutir, eu é que não vou dar palco pra doido.

[nome] passou mal e eu nem lá estava para poder ajuda-la, isso me mata por dentro.

- Para de andar de um lado pro outro, to' ficando tonto aqui mano. - Sanzu o drogado diz fechando os olhos e suspirando calmamente.

Estamos no hospital por [nome], depois da bela surra que eu dei em Chain descontei meu estresse do dia inteiro, já passa das 01h da manhã e nada do doutor sair para falar o que se passa lá dentro, sinceramente, eu tenho um ódio de hospital tão grande.

Eu e nem ninguém sabia [nome] era viciada ou já passou por vício em fumo, isso me deixa em choque até agora, sabe se lá o que ela passou lá fora sozinha para ter se viciado na maconha e adoecer, também me deixa triste pensar que se eu estivesse ao seu lado nada disso teria acontecido.

Por que eu me amaldiçoo todos os dias por não ter passado todos os anos com ela?

- Porra, fica calmo! - Sanzu se exalta para cima de mim.

- Como fica calmo caralho? eu não se---

- Mano, relaxa, você não devia nem se importar, não é da sua conta - Sanzu diz e eu me estresso com sua fala.

- A mulher que eu amo se viciou em fumar, adoeceu e eu não estava lá para ela, isso me incomoda de um jeito fodido, mano. - Sanzu arregala os olhos e fica em silencio, todos que estão ali olham para mim e eu dou as costas saindo lá pra fora.

Ninguém sabe o quanto eu me esforcei para achar ela, porra, eu também sofri com isso, não como as amigas dela ou até Mikey, Shinichiro, Izana e os outros que eram muito próximos de [nome], eu era o namorado dela, vivíamos grudados desde pequenos para cima e para baixo, eu só sabia respirar junto com a respiração dela, meu coração só batia porque o dela batia.

É louco, todos acham que eu não estou nem aí para [nome] mas não é nada disso, é muito pelo contrário, eu ainda a amo como adolescente, e todas as mulheres que peguei não dão um terço dela, até a ex-amiga dela que eu fiquei sério por uns três anos. Eu tenho consciência de que fiz uma merda grande em me envolver com essa mulher, essa louca me procura até hoje, mas já é burrice achar que eu não sinto mais nada pela minha coelinha.

- Você deveria se controlar. - Mikey se aproxima de mim e se escora na parede como eu.

- Huh?

- Desde que ela chegou você está estranho.

- Eu nã---

- Rindou, ninguém aqui é burro para não perceber o quão afetado você está com a presença dela, e eu entendo. - Mikey fecha os olhos relaxando os ombros enquanto eu o olho curioso.

- Eu não estou afetado, só é uma surpresa que ela esteja viva, achei que tinha morrido. - Eu falo enquanto tiro um cigarro do bolso o acendendo logo em seguida.

- Sim. Eu sei. Me coloco em seu lugar nisso tudo. - ele abre os olhos - Mas ela não está nem aí pra você, Rindou.

As palavras dele me pegam na hora como um choque elétrico, meu corpo se sobressalta no lugar e engulo a seco.

- A sim, entendo, mas eu... Eu não tenho nenhum interesse nela. Nossa história acabou. - eu digo amargurado e sinto meu coração pesar.

- Ham! - [nome] está de pé com o apoio de uma espécie de bengala de ferro com um fio de soro conectado nos olhando com uma certa cara feia.

- [nome]?! - eu digo indo até ela e ajudo a vir até onde eu estava escorado.

[nome] olha para Mikey com a mesma cara e o platinado se desencosta da parede saindo sem dizer mais nada.

Eu ajudo ela a se sentar no banco e quando vejo que ficou confortável eu tento sair de perto para não incomoda-la, mas a mesma segura meu braço e me empurra para sentar ao seu lado.

Sorrio para ela.

- Ele não falou merda não né? - Eu nego com a cabeça e ela assente positivamente.

- Não, só a verdade. - ela arregala os olhos, mas abaixa a cabeça. - Você está bem? me assustou.

- Eu to' bem Rindou, foi só mais uma, nada novo.

- Como assim "só mais uma" ? - Ela nega com a cabeça não querendo responder e eu sorrio entendendo.

- E Chain? Está morto?

- Eu dei uma bela surra nele, Sanzu ficou encarregado de mata-lo, mas acho que vão nos descobrir logo logo... - [nome] sorri não prestando atenção no que eu falo, mas de olho em algo atrás da gente.

Olho para trás e vejo um pequeno Moitinho de rosas vermelhas em um barril de planta, alguém largou ali.

Vejo o quanto [nome] está olhando para aquelas rosas e decido me levantar, vou até as rosas e pego três do moitinho. Ela parece animada mas não disposta á demonstrar a sua animação, deve ser o remédio que ainda está por todo o corpo dela.

Entrego as rosas em sua mão que segura com força e leva até o nariz inalando o cheiro bom e leve da flor.

- Obrigada, Rindou. - ela sorri lasciva e eu sorrio também.

- [nome]... Acho que precisamos conversar.

Ela parece entender o peso de minhas palavras e respira fundo.

- Como dois adultos... - eu aceno que sim com a cabeça.

- Mas não agora, você precisa se recuperar, rainha. - ela sorri de novo

- Claro, claro...

Olho para a vista dos prédios todos acesos do Japão e sinto um ventinho frio, reparo que [nome] está sem uma blusa de frio então decido leva-la até o quarto onde ela dormiria acho que só por essa noite, já já iria amanhecer e eu precisaria averiguar tudo o que rolou nessa noite, Chain, os seguranças e sua família. Mas não quero, eu quero ficar aqui com ela.

De repente, preso em meus pensamentos sinto um peso em meu ombro e meu corpo ficar pesado, o apoio do soro bambeou quando [nome] se encostou em meu ombro de olhos fechados.

Sorri, ela continua sendo a mesma sonolenta de antes.

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Pra quem não sabe, a música da mídia é a música da história! ❤️

gente eu sumi, me perdoem, a ressaca literaria foi quase um mes, que horror, nunca mais!

conhecem aquele ditado? "escritoras tem que viver para escrever" eu acredito tanto nisso, esses dias aí foi uma loucura, só por deus.

não desistam de mim, ainda vou terminar essa história para começar outra.

💋💄

YØŪ & MĒ - Rindou HaitaniOnde histórias criam vida. Descubra agora