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Pov's Rindou 

- Irmão, Mikey acabou de confirmar a reunião com a presença de [nome]. - Ran diz me fazendo perder a brisa momentânea. 

- Então beleza. - vou diante á um dos capangas e lhe dou dinheiro.  - Esquarteje o corpo e livre-se de qualquer rastro. 

O capanga apenas balança a cabeça positivamente e sai andando, pegamos outro traidor destruindo as cargas que chegavam, e dessa vez não teve nem conversa fiada eu matei na hora.

Minha alma é doce, eu sou um cara que sabe bem demonstrar minha intenção, mas eu sempre peço pra não me testarem, eu sou capaz de fazer tudo, literalmente tudo.

Ran e eu vamos em direção ao carro e eu assumo o volante. Meu irmão coloca sua playlist e assim vamos para a sede da Bonten. 

O que mais me assombra no momento é [nome], a presença dela desde que chegou vem assombrando a Bonten inteira, é engraçado homens altamente perigosos com medo de uma mulher, não uma simples mulher mas sim, [nome]. É claro que estamos um pouco tensos, ela passou mais de cinco anos sem dar noticia nenhuma, Ran e eu até cogitamos sua morte, quando a vi naquele dia da surra de Izana eu não soube nem o que pensar. 

Na época em que Izana a apontou como traidora éramos adolescentes jovens adultos, ninguém pensava direito, nossa melhor conversa era murros, chutes, armas... Eu fiquei tão bravo por ela estar traindo nossa equipe que chorei horrores no colo de Ran, e como um bom irmão mais velho ele me apoiou a esquecer da existência dela, e foi exatamente isso que eu fiz, por fora. 

Não havia um momento de paz em minha cabeça, ela sempre aparecia em meus sonhos, e para tranquilizar eu fumava, transava com a ex-amiga dela, bebia e usava a droga de Izana. Aquela vida era boa, só farra e putaria, eu aproveitava qualquer oportunidade de qualquer festa. 

O que falar dos nossos momentos de loucura e paixão? nossa luxuria e o nosso amor? por fora eu posso ser o mais impiedoso de todos, um homem forte, mas nem meu irmão tem noção do quanto meu coração dói por ela, eu sou louco de amor. 

Quando passeávamos por toda a cidade de moto, batíamos em caras metidos, comíamos diversos tipos de comidas da cidade, apertávamos campainhas e corria, até fomos á praia juntos e sozinhos pela primeira vez, aquele dia transamos deliciosamente na areia e á céu aberto, eu  amava tanto nossas saídas. 

Eu não tive coragem de dizer á ela que a amava, enquanto ela dizia inúmeras vezes que me amava mais que tudo eu ficava em silencio pois não sabia como responder, em minha visão um "eu te amo" não é o suficiente para amar alguém, é loucura mas faz sentido, eu me sentia inútil por não poder oferecer o que ela sempre quis, filhos e uma família. E só dizer três palavras não era o que eu realmente queria lhe dar. 

Éramos novos? sim, mas cheios de sonhos.

Me dá vontade de chorar o quanto nossa vida mudou em anos, o tempo passa muito rápido, meu sonho de formar uma família ainda é vívido em meu coração, mas com as circunstancias que vivo acho que nunca vou poder realizar, ainda mais que queria que fosse ela a dona da nossa família.  

- Tá pensando nela, não é? - Ran me tira novamente de meus devaneios. 

- Em quem? pensando? só ouvindo a música.. - Eu respondo meu irmão.

- Rindou, as vezes você esquece que sou seu irmão, eu sei exatamente em quem está pensando, toda vez que tocam no nome dela você fica atônito. 

- Só passou pela mente de novo, nada demais. - Eu respondo tentando transparecer indiferença.

- Não é nada demais, foi o seu primeiro amor. 

Eu resolvo não responder pois ele sabe que eu concordaria, com certeza nunca mais amarei ninguém como amei [nome]. 

YØŪ & MĒ - Rindou HaitaniOnde histórias criam vida. Descubra agora