Chego em casa com pressa, meu coração estava na boca. Eu estava à beira das lágrimas, mas não podia chorar na rua. Entro no pequeno quintal e olho ao redor, verificando se há alguém em casa. Aparentemente, estou sozinha. Pelo horário, minha mãe deve estar no médico; lembro-me de ela mencionar uma consulta.Entro em casa e fecho a porta com um suspiro de alívio, deixando minhas coisas, que não eram muitas, em um canto da sala. Sinto um peso gigantesco sair de mim, e então choro, um choro de dor e angústia. Estou consumida pela raiva de mim mesma, perguntando como pude deixar isso acontecer. Meu corpo está queimando; apesar do frio lá fora, sinto um calor absurdo, e começo a me perguntar se devo estar ficando doente.
A sensação de desamparo é esmagadora. Sento-me no chão, encostada na porta, e continuo a chorar em silêncio, tentando processar tudo o que está acontecendo. Cada soluço é um lembrete doloroso da situação em que me encontro, e o chão frio sob mim parece o único conforto em meio ao caos interno.
Passam-se dez minutos e eu decido que preciso me mexer. Minha mãe não pode me ver assim. Levanto-me e retiro o sobretudo que ele me emprestou. O cheiro dele ainda está em meu corpo, um aroma que me traz uma mistura de conforto e dor, lembranças intensas de mais cedo. Sinto um desconforto em minha intimidade, ela esta dolorida e ardida.
Chego ao banheiro e vejo meu rosto vermelho e inchado de tanto chorar. Respiro fundo, tentando manter a calma e me recompor. Retiro minhas roupas e vou para o banho, notei ao tirar a calcinha que eu tinha pequenos riscos de sangue. A água cai sobre meu corpo, que está mais sensível do que o normal. Sinto um leve desconforto à medida que a água toca minha pele, minhas lágrimas ainda caem, misturando-se com o fluxo quente.
O banho é mais para esquentar meu corpo do que para limpar. Sinto-me suja, não apenas fisicamente, mas também emocionalmente. Fico embaixo do chuveiro por algum tempo, tentando encontrar um pouco de conforto na sensação da água quente. A cada gota que cai, tento me dar permissão para sentir, para processar a dor e a confusão.
Desligo o chuveiro e fico ali, sentindo as gotas de água caírem sobre mim. Estou tão absorta em meus pensamentos que não sinto frio algum. A água morna escorre pelo meu corpo, e eu me deixo levar por esse momento, como se pudesse aliviar um pouco da confusão que sinto.
Pego minha toalha e me seco com um gesto lento, tentando me sentir um pouco mais normal. Vou até meu quarto e me troco, tentando me recompor. Guardo minhas coisas e escondo a blusa que o Akira me emprestou, sem querer deixar nenhum sinal do que aconteceu. Minha mãe deve chegar a qualquer momento, e eu preciso encontrar uma desculpa para ter chegado mais cedo. Na verdade, vou ter que inventar uma história inteira para explicar por que estou desempregada. Penso em algumas desculpas possíveis enquanto ajeito tudo. Sento-me no canto da cama, tentando pensar em algo plausível e que não levante suspeitas.
Vou até a cozinha e decido fazer um café quente. Enquanto preparo a bebida, a rotina da casa me ajuda a encontrar um pouco de normalidade. Coloco o café na xícara e me sento no sofá, esperando que esfrie um pouco. No entanto, a exaustão do dia me pega de surpresa, e acabo cochilando com o som da TV como companhia.
De repente, sou despertada pela voz da minha mãe.
— Filha? — ela pergunta, com um tom calmo, mas perceptivelmente preocupado. — Chegou cedo?
Despertando meio confusa, olho para ela e tento organizar meus pensamentos.
— Oi, mãe — digo, ainda tentando me recompor. Percebo que dormi pelo cansaço e rapidamente penso em uma desculpa. — Meu chefe viajou e me liberou mais cedo.
Ela parece aliviada, mas ainda está claramente desconfiada, provavelmente notando meu rosto marcado pelo choro.
— Aconteceu alguma coisa? — ela pergunta, sentando-se no sofá com um ar de preocupação.
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A Empregada e o Bebê
Lãng mạnQuando a jovem diarista, Isabela, começa a trabalhar para o bem-sucedido, sério, charmoso e de família tradicional japonesa, Akira Fujii, em meio a cuidados com a casa e limpeza ambos demonstram interesses em comum, qual o limite ético e profission...