Neko ( vigilante Deku AU)

Cap 17

Era a manhã de um domingo, e por algum motivo, que Shota não sabia, Tsukauchi tinha chamado ele para seu escritório, às nove da manhã, era bom que ele tivesse um bom motivo para isso. Quem marca reuniões às nove da manhã em um domingo?

Shota entrou no escritório do detetive, que o esperava sentado em frente de seu computador. O Homem parecia cansado, não que Shota pudesse falar muito, mas parecia que ele estava com algum caso complexo, ou só estava estressado por causa de Neko, já tinham acontecido algumas vezes.

-Aconteceu alguma coisa? Você parece estar cansado.- Shota disse.

-É melhor você ver por você mesmo-Tsukauchi respondeu.

Shota contornou a mesa ficando ao lado do detetive. Seu computador estava aberto em uma aba do YouTube com um vídeo pausado.

Tsukauchi deu play. O vídeo começou com risadas de crianças, que foram lentamente desaparecendo, até que uma voz começou a falar, suas falas aparecendo na tela preta.

-Crianças desaparecidas, algumas são encontradas vivas, outras não tem a mesma sorte, mas nesse vídeo não iremos falar dessas crianças, e sim, das que nunca foram encontradas, de um caso em específico.-

A voz para e uma foto de um casal aparece na tela.

-Os Midoriyas, eram um casal que moravam em Musutafu. Inko Midoriya morreu dando a luz a um jovem, que não se sabe ao certo o nome, o Motivo? Ele simplesmente não está em nenhum registro, as únicas provas de sua existência são a morte de Inko e relatos de pessoas próximas.-

O vídeo começou a mostrar um homem, cabelo preto e olhos verdes.

-Eu não me lembro realmente de como o garoto era, os Midoriyas se tornaram bem distantes depois da morte de Inko, sinceramente, se não soubesse sobre a família ou ouvisse o garoto de vez enquanto, eu nunca sequer saberia que uma criança morava naquele apartamento.-

O vídeo voltou a ser uma tela preta e, a mesma voz que falava antes, continuou.

-As coisas continuaram assim, até que o pequeno Midoriya fez quatro anos, a idade de qualquer um ganhar sua quirk, mas esse não era o caso dele, que foi declarado quirkless.-

Agora no vídeo apareceu uma mulher com cabelo ruivo, a mulher tinha flores cobrindo o seu corpo, deveria ser sua quirk.

-Foi uma surpresa para todos-ela disse- Eu tinha visto ele algumas vezes, mas teve algo em específico que chamou a minha atenção, os seus olhos. Não me lembro bem do que eles tinham de especial, mas eles não eram normais, eu tenho certeza! Então sempre pensei que ele teria uma quirk que afetasse seus olhos, nunca me veio a mente que ele poderia simplesmente, não ter uma.-

A tela ficou preta novamente.

-Dois dias depois do diagnóstico, no meio da noite, gritos ecoaram pelo prédio.-

Começou a passar um vídeo mostrando uma parede em um quarto escuro, a câmera tremia e gritos ecoavam no fundo.

-DESCULPA! DESCULPA! EU NÃO SEI O QUE EU FIZ MAIS DESCULPA!-a voz era aguda, e parecia completamente em pânico.

-Eu a-acordei com os gritos- uma voz trêmula dizia, provavelmente quem estava filmando.

Os gritos pararam, apenas miados de agonia sendo ouvidos, lentamente se afastando. A tela ficou preta.

-A polícia se recusou a aceitar o caso, mesmo com a gravação, ou com o passar de meses, e anos, o garoto, só por ser quirkless, foi esquecido por todos, e agora ele pode estar em qualquer lugar e ninguém nunca vai saber...-

Tsukauchi parou o vídeo e Shota continuou olhando para a tela.

-O que...?- Shota disse

-Pelo visto a polícia da época não era das melhores.-

-Bando de incompetentes.-

-E agora tem um grupo de pessoas que estão confrontando a polícia, e esse grupo está aumentando.-

-Eu faria o mesmo.-

O detetive suspira e olha para Shota.

-Eu sei que você vai começar a investigar o caso mesmo se eu não falar nada.- O detetive começa.- Eu só vou pedir para você me deixar informado sobre as suas descobertas, ok?-

-Eu acho que posso fazer isso.-

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-Você parece pior que o normal, Eraser.- Neko disse.

Shota se assusta um pouco, mas não consegue achar um motivo para ele esperar que Neko, de todas as pessoas, fosse anunciar a sua presença.

-Boa noite para você também, Neko.- Eraser disse, fazendo o vigilante rir.

-Boa noite, Eraser!- Neko disse.-Agora, vai me falar quem teve a audácia de te irritar antes de mim? Eu trabalhei duro para o meu título de incômodo número um, não vou deixar que qualquer um faça o meu trabalho!-

-É um novo caso, criança problemática, não se preocupe, você não vai perder o seu "título" tão cedo.-

-Fico feliz em ouvir isso vindo de você Eraser!- Neko disse.- Mas eu ouvi caso?- o vigilante se inclina para frente, olhando para o herói.

-Não, nem pense em se envolver nisso, você correndo pelas ruas fingindo ser herói já é ruim o suficiente, não comece a brincar de detetive também.-

-Eraser!- Neko disse com a mão no peito e uma expressão de choque no rosto, que Shota sabia que era falsa.-Como você ousa?! Isso tudo porque eu faço o seu trabalho melhor que você? -

Shota suspirou.

-Você não consegue levar nada a sério?- Shota pergunta. E para a sua surpresa a expressão do vigilante muda.

Agora o vigilante que normalmente era ousado e sempre fazendo alguma piada nas piores horas possíveis, estava com o rosto sério e olhos estreitos.

-Eu só tento não deixar o clima muito pra baixo, sabe?- O vigilante disse, um pequeno sorriso se formando em seu rosto conforme o fim da frase.- Já aconteceu tanta coisa... Ruim... Na minha vida, que eu sempre tento não deixar isso afetar muito o jeito que eu ajo. Eu sei que às vezes não dá para simplesmente ignorar qualquer coisa e tentar levar tudo na brincadeira, eu não faço isso, mas eu também não quero levar tudo a sério. Se você realmente quiser que eu pare, eu vou parar, mas, enquanto não me pararem eu também não vou.-

Sua voz era calma, algo que não era comum para Shota, ele estava acostumado com o vigilante que nunca parava no lugar, e não, em qualquer que fosse esse vigilante.

-Continue do jeito que você é criança problemática, eu não quero que você mude por minha causa.-

-Estou muito feliz que você gosta desse meu jeito, Eraser!- O vigilante disse, voltando ao seu modo normal de se agir quase imediatamente- Agora, você disse que tinha um caso?-

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Bemmmm, agora começa realmente a falar do passado do Izuku, eu queria avisar que eu sou horrível nisso, então desculpas adiantadas!

Até sexta!