Cap - 15

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Minho

Era noite, estava em um bosque que costumava ir quando menor, sentia o vento gelado chocando contra meu rosto, o barulho dos grilos e das corujas deixava o lugar com um toque medonho mas ao mesmo tempo relaxante. Fecho os meu olhos, apenas relaxando e aproveitando aquela sensação, que era estranha, mas boa. Escuto alguém me chamando, então abro meus olhos e quando olho para trás, já não estava mais na floresta, estava em uma espécie de galpão abandonado. Havia duas pessoas que não conseguia ver direito quem eram, e uma delas estava com uma arma apontada em sua cabeça.

Assim que os vi, senti meu coração acelerar, e uma forte dor no peito se fez presente, minha respiração começou a falhar e lágrimas caiam involuntariamente de meus olhos. A pessoa com a arma na cabeça foi empurrada para frente, e um som de tiro se fez presente no lugar, a fazendo cair, mas incrivelmente tudo estava ocorrendo tão lento, como se estivesse em câmera lenta. Meu corpo começou a correr em direção ao que caia, na esperança de o segurar, sentia mais lágrimas escorrerem de meu rosto e o aperto no peito aumentar, antes que pudesse sequer chegar perto do baleado, não percebo um buraco no chão e caiu dentro da abertura profunda, muito mais funda do que parecia. Esse buraco dava de volta para o bosque, como se eu tivesse "caído do céu". Me levando da queda, e assim que olho para a frente, pude ver uma figura de um garoto loiro, o vento soprava forte, fazendo seus cabelos balançarem para os lados.

Senti um grande alívio em vê-lo, e suspirei, soltando um sorriso de canto.

O jovem se vira para mim, não conseguia ver seu rosto, muito menos identificar quem ele era, apenas conseguia ver um grande e belíssimo sorriso em seu rosto. Sequei meus olhos, e quando o olho novamente, ele já não estava mais lá. Estava apenas uma voz familiar chamando pelo meu nome.

- MINHO CARAMBA ACORDA - Felix gritava, me fazendo sentar na cama de susto.

- PORRA FELIX OQUE QUE VOCÊ QUE?! - digo o olhando e passando a mão em minha cabeça, que percebi que estava suada.

- Levanta! Já são quase meio dia! - diz e arqueia uma das sobrancelhas. - Você tá bem?

- To, agora vaza! - digo me levantando da cama, o expulsando do meu quarto.

Assim que Felix saí de meu quarto, entro no banheiro, e jogo uma água em meu rosto, molhando um pouco meu cabelo. Apoio as mãos na pia e fecho os olhos, pensando no sonho que tive e quem eram aquelas pessoas? Elas pareciam estranhamente familiares para mim.

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Jisung

Como não podia continuar com o treinamento, resolvi ajudar as cozinheiras a fazerem o almoço, eu que não iria ficar o dia todo sentado vendo pessoas trabalhando sabendo que consigo ajudar. Estávamos fazendo Cassoulet1, nunca fui muito de cozinhar, mas mesmo assim conseguia fazer uns pratos bem gostosos.

- Oi Amelia, Oi Chloe! Oque vai ter hoje?... Jisung? O que você tá fazendo aqui?! Não era para você não fazer nenhum esforço? – Seungmin entra na cozinha e vem até mim.

- Cozinhar não é fazer esforço Seungmin, e eu que não ia ficar o dia todo sem fazer nada - digo enquanto misturo a panela com o Cassoulet.

- Como não? Tá aí se matando para mistura uma panela, dá para ver na sua cara que tá com dor. - O pior era que realmente estava sentindo dor. - Deixa que eu ajudo aqui Jisung, vai descansar. - Se aproxima de mim e coloca a mão em meu ombro.

- Não precisa, eu tô bem.

- Se você não der licença eu enfio sua cara aí dentro Jisung! ne sois pas têtu2 - Seungmin diz colocando sua mão sobre minha mão, que segurava a colher, sem escolha, eu a solto e deixo o maior continuar o serviço. - Agora vai descansa Jisung, quando estiver pronto eu te chamo.

Amor Profano- Minsung.Onde histórias criam vida. Descubra agora