⛧Capítulo 06༒Lua de Sangue⛧

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09/04/1608

Amarrouta ꪶSalémꫂ.

༒Narrativa on༒


Algumas semanas depois...

Ravenna estava deitada em sua cama, cochilando, finalmente, depois de conseguir parar de pensar no homem no qual vira a conhecer na cachoeira em tal dia.

Eram 09:00 horas da manhã em Amarrouta, quando sua governanta —Safira— abriu as cortinas de seda preta e as janelas do quarto da garota, acordando a mesma.

Logo após de Safira lhe dar bom dia, chamou-a para se arrumar, pois havia um rapaz lhe esperando na sala, disse que o mesmo gostaria de caminhar com Ravenna.

A menina então, não muito animada, se pôs de pé e foi junto de sua governanta se arrumar.

Enquanto Safira penteava seus cabelos brancos, a albina escolhia os vestidos para usar, no "encontro" com o rapaz.

Por fim, quando a criada acabou de escovar e amarrar seus cabelos em um coque, a garota vestiu um vestido roxo com detalhes pretos em seu corpo, luvas também pretas —simbolizando luto — e botas marrons, o que na época era proibido para as mulheres.

Depois de pronta, junto de sua governanta, foram conhecer o rapaz, que estava na sala, virado de costas.

As garotas puderam notar que o rapaz vestia uma camiseta branca junto de uma calça justa  preta, usava anéis pelos dedos e também pulseiras. Seus cabelos e sua altura eram incrivelmente grandes, ele tinha por volta de 1,90. Seus cabelos eram ruivos, mais vermelhos que o sangue. Ele deixava o mesmo amarrado em um rabo de cavalo.
Enquanto nos seus pés, havia uma bota preta, que o deixava ainda mais elegante.

Ravenna sentiu seus batimentos falharem quando o homem se virou, sentiu um frio intenso na barriga e o ar começou a faltar.

Ela não tinha palavras para descrever o que estava sentindo, seu corpo estremeceu de repente e tudo parou.

Não podia imaginar que veria Kandrey novamente um dia, ainda mais em sua casa, esperando-a para ir caminhar.

Estava tudo tão silencioso, apenas o som de sua respiração ofegante enquanto olhava no fundo de seus olhos escarlate.

Kandrey fazia o mesmo, olhava no fundo de seus olhos azuis, ofegante. Até que decidiu falar com a albina.

Senhorita. — Fez uma referência.

My lorde. — Respondeu a garota, se curvando.

Indo direto ao assunto, o garoto falou:

Gostaria que a senhorita me desse a honra de uma caminhada pelo campo.

Pela primeira vez, Ravenna parecia confortável à visão de um homem. Logo respondeu que sim e foram em direção à cachoeira.

Quietos à metade do caminho, Kandrey resolveu pronunciar:

Senhorita... Sei que quando nos conhecemos fui um pouco rude. — Fala, como se estivesse se sentindo culpado. — Porém não foi minha intenção —continua — estava surpreso em vê-la deitada sob as pedras da cachoeira. Nunca havia visto a senhorita por lá! Peço desculpas pelo meu mau comportamento...— Termina, por fim, coçando a garganta.

Ravenna então, continua a conversa:

My lorde, não precisa usar tantas formalidades comigo, me chame apenas de Ravenna.
Sei que não foi sua intenção ser tão rude comigo, eu também estava desapontada por vê-lo. Nunca havia visto o senhor por lá também... Porém, poupe-me de suas desculpas, e também, agradeço por não agir de forma vulgar comigo naquele dia.

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