⛧Capítulo 09༒Lua de Sangue⛧

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⛧Ravenna K.P⛧

Amarrouta ꪶSalémꫂ.

Confesso que fiquei surpresa com a maioria das frases que encontrei no diário de Kandrey. Sei que não é da minha conta o que o mesmo escreve, mas não pude me recusar a não olhar alguns textos... Fiquei impressionada com o que li, e o que tenho mais vontade de fazer agora, é sair de casa... Preciso ir até a cachoeira... Talvez tomar um ar fresco... Não sei...

Peguei o diário de Kandrey e saí de casa, indo em direção ao rumo da cachoeira.

Demorei alguns minutos para chegar lá, mas quando cheguei... Dei de cara com a pessoa que vem me atormentando nos últimos tempos...

Kandrey estava lá, sentado em cima de uma grande pedra, com um desenho na mão. Ele parecia pensativo...

Imediatamente reconheci o desenho que havia em sua mão. Era o desenho que eu havia feito... Aquele que estava guardado em MEU diário...

Fiquei paralisada observando Kandrey, até ele me notar ali e em seguida dar um sorriso de canto.

Pelos céus...

Demorei um pouco para raciocinar o que estava fazendo, mas em seguida caminhei até Kandrey e me sentei ao seu lado.

Ficamos observando a água cair e correr, em total silêncio
— Um silêncio constrangedor, eu diria —.

Respirei fundo, não aguentando mais o tal silêncio...

Sem querer, olhei para meu desenho, e soltei uma risada nasal, sem graça. Fazendo o homem que o segurava olhar o mesmo, dando um meio sorriso.

Ele parecia pensar um pouco.

— Senhorita Partash...

Kandrey resolve acabar com o silêncio.

Olhei para ele, para que continuasse sua frase.

— Devo admitir que suas habilidades artísticas são impressionantes...

Neste momento, tenho certeza que corei feito um pimentão...

Olhei para minhas mãos e dei um sorriso timidamente.

Creio que desaprendi a falar, pois as palavras sumiram de minha boca.

— E-eu agradeço, my Lorde...

Novamente ficamos em um silêncio constrangedor, mas dessa vez, parecia que não acabava nunca! Eu torcia para que Kandrey falasse qualquer coisa. Qualquer coisa mesmo!...

— My lorde... — Decido acabar com o novo silêncio constrangedor, transformando-o em uma conversa constrangedora. — Peço perdão pelo meu inconveniente... Como já deve ter percebido, troquei meu diário pelo seu. E peço desculpas por isso!...

Kandrey me olhou, mas não parecia chateado ou bravo. Ao contrário, parecia se divertir com o acontecido.

Esse homem não fica bravo nunca?!

— Senhorita, como já havia lhe falado, não há de que se desculpar!Falou rindo — E também, já lhe falei que não gosto que use formalidades comigo!

Fiquei com as mãos apoiadas nos joelhos, olhando para Kandrey.

— Bem... Então devemos trocar os diários, não acha? — Perguntei.

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