O destino colocou os irmãos Hanson na vida de Danna, só que ela não fazia ideia dos rumos que sua vida tomaria.
A jovem produtora musical precisaria conhecer sua verdadeira força para escrever e reescrever as páginas de sua jornada que é repleta de...
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Na residência dos Hanson, os três irmãos mais velhos se reuniram no estúdio que foi montado ao lado da casa deles para facilitar os ensaios e gravações.
Os irmãos eram vocalistas e músicos, formavam um coral de três vozes em harmonia perfeita, inspirado em grandes artistas dos anos 50 e 60, mesclados com o frescor do pop/rock moderno. Essa era uma das grandes marcas na carreira do trio, pois lembrava muito os vocais de Jackson Five, Bee Gees, The Supremes e muitos outros.
Eles eram compositores de todas as suas músicas. Isaac tocava guitarra, Taylor era o tecladista e Zac, o baterista, mas não se limitavam aos seus respectivos instrumentos e aprenderam a tocar muitos outros.
Isaac errou mais uma vez sua entrada e Zac parou o ensaio já sem paciência.
– Parou! Parou! Ike. – Zac deu uma pausa, analisando o irmão – Eu disse que você não tava bem pra tocar. Já errou três vezes. Está desconcentrado, cara.
– Pra falar a verdade, estou me sentindo um pouco dolorido, mas preferi vir ensaiar pra não ficar pensando no acidente. – Isaac explicou.
– Se você não está bem, então é melhor descansar. Não está tudo resolvido? – Perguntou Taylor complacente.
A campainha tocou e Wilker entrou, sendo seguido por Cynthia. Também veio Arnold, com os olhos um pouco inchados do cansaço. Ele sentou no sofá, enquanto os demais ouviram-no explicar como seu pai resolveu tudo no hospital, e que Danna estava bem.
– Parece que ninguém percebeu que era o Isaac, tio. Lá no hospital, não falaram nada sobre Hanson, nem em indenizações. O pai da garota é advogado, mas disse que não faria nenhuma queixa. Vocês podem ficar tranquilos sobre ele, ao menos.
– Vocês acham que, se soubessem da nossa identidade, eles iriam processar pela indenização? – Taylor perguntou aos pais, mas trocou olhares com Isaac.
– Creio que não. Eles aceitaram bem tudo que oferecemos. Parecem não ser desse tipo, pelo que o Marvin me falou. – Disse Wilker.
Isaac achou estranho não saberem que ele era um Hanson, mas não comentou. Enquanto eles falavam e se distraiam, Arnold deu ao primo um pedaço de papel e um número escrito à caneta azul.
– Tá aqui o número dela. – Arnold deu um sorriso e Isaac estranhou.
– Obrigado, Arny. Você foi um verdadeiro paramédico. Eu não sei o que faria se eu estivesse sozinho.
– Você ia sentar e chorar junto com ela. – Arnold humorizou e Isaac riu do primo.
Arny bateu no peito de Isaac para chamar sua atenção. – Você está me devendo uma... Aliás, duas... – Parou de falar, apontando o papel com um olhar sugestivo de antes.
– Que isso, Arnold! A garota toda quebrada e você com segundas intenções. – Isaac pareceu indignado.
Arnold gargalhou baixo, mostrando seus dentes alinhados. Ele jogou o cabelo para o lado com um movimento de cabeça, tirando da testa, e respondeu ao primo:
