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Wandsworth estava um tanto movimentado hoje.

A chegada de John havia sido sorrateira. Draco já estava dormindo quando silenciosamente alocaram-no na cela.

Pela manhã cedo, o loiro lhe procurou nos chuveiros, mas não achou. Temia por sua vida, quando lhe encontrasse.

Mas ao menos ele tinha Harry.

Enquanto tudo parecia se organizar naquela tarde e os detentos corriam para terminar as tarefas do dia, a sala dos guardas estava cheia.

— Chegou agora? — Hosk observou Paul, que estava colocando seu fardamento.

— Aham - o homem suspirou, parecendo um tanto cansado, ao calçar suas botas — hoje pela tarde foi a apresentação de balé da minha filha.

— Você deve ter corrido muito - disse - essa prisão fica meio longe da cidade.

— Sim, mas eu preferia me atrasar do que perder a dança — riu, colocando-se de pé — só tenho ela de filha e eu perco muito do dia a dia dela.

— Ser pai de quatro crianças é trabalhoso, mas não reclamo - contou por alto.

A conversa parecia agradável. Hosk tomava seu café no copo térmico, enquanto esperava dar a hora certa de ir para casa.

— Vai vigiar qual parte agora?

— Lavanderia — Paul suspirou - não sei como estão monitorando por lá, mas acho que está quase na hora de voltarem para as celas.

— Boa sorte - riu — hoje está um caos. Morgan disse que sumiram armas do estoque, uma ou duas. E os presos estão loucos.

— Eu vou precisar, todo dia eu preciso de sorte para lidar com a cascavel Malfoy

Hosk genuinamente riu, não por conta do nome maldoso, mas sim pela chateação do amigo. Não era fácil lidar com Draco.

— Não é para tanto, Paul.

— Eu tenho que orar todos os dias para não acertar ele com um cassetete.

— Não é nossa escolha gostar ou não de como ele é. Harry quer ele bem protegido — Hosk deu de ombros - além do mais ele é só um menino.

— Só um menino — riu — ele é a personificação do inferno. As vezes eu tenho pesadelos com ele, até quando estou na minha casa.

— Um dia você se aposenta.

Paul terminou de vestir-se e finalmente colocou a arma no coldre. Virou-se para o amigo:

— Espero que sim — suspirou novamente.

▪︎

A mente de Draco era como um turbilhão de pensamentos.

Primeiramente ele queria saber se seu
advogado já havia conseguido marcar sua audiência final. Precisava da sentença.

Segundo, o fato de não saber sobre o paradeiro de John lhe deixava aflito.

E por último, não estava com pressentimento bom.

Já estava dobrando o último uniforme, parecia tão cansado, gostaria de voltar para cela e poder deitar em seu colchão e dormir. Enquanto isso, dois detentos discutiam no canto.

Um deles era Pontes, que estava vivo apenas pela bondade de Draco, pois tanto ele como Dario não sofreram com a irritação de Harry pelo roubo.

Pontes discutia com um outro detento, de nome Isla. A discussão estava baixa, mas logo tomou outro rumo.

— Você me deve - Pontes disse ao homem.

De fato Draco não daria atenção, estava tão exausto.

— Já disse que vou te pagar, quando puder - o homem resmungou baixo.

Cela 028 - DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora