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Harry sabia que algo estava acontecendo com Draco.

A um dia atrás quando teve a conversa com John, logo com Draco, ele pode notar duas coisas:

1.John era louco.

2.John não teria como estar totalmente errado.

Ao observar todo cenário, ele notou que Draco poderia estar lhe manipulando, talvez não fosse do todo, ou não para lhe machucar, mas ele estava.

E aquilo, por algum motivo, não havia feito com que ele ficasse bravo, apenas curioso. Não havia deixado de ser apaixonado por Draco, mas gostaria de lhe entender.

O único que ponto que lhe magoou, certamente foi ter ouvido um "eu te amo" naquelas condições.

Se Harry o amava? Provavelmente sim, pois ele estava mesmo disposto a matar John, se fosse pela segurança de Draco.

Mas antes ele queria respostas.

Afinal de contas, amanhã seria sua soltura, amanhã ele estaria livre daquele lugar após nove anos.

Isso é, se tudo ocorresse bem.

Draco estaria disposto a estragar tudo isso, pela ideia de querer se livrar de John?

A audiência do garoto seria em uma semana, depois saberiam se Draco seria sentenciado ou não por ser cúmplice do homicídio de Peter.

— Doce - a voz suave de Draco chamou a atenção de Harry, ambos estavam no horário do café - no que você está pensando?

— Nada demais — sorriu vagamente - você está bem? Como estão seus ferimentos?

— Troquei hoje mais cedo com o enfermeiro – disse ao homem - me sinto bem melhor.

Até onde Harry sabia, Draco estava tomando os remédios corretamente.

Tanto para sua bipolaridade, quanto para evitar as dores dos machucados.

— Você está ansioso? — Draco voltou a lhe perguntar.

— Para o que?

— Você sabe — forçou um sorriso — para sair daqui, já é amanhã.

— Nove anos, eu deveria estar triste? - a pergunta soou indireta.

No fundo ele gostaria de saber se Draco o faria mesmo matar John e correr o risco de passar mais um tempo ali, apenas por manipulação.

Se ele o amava realmente, não faria isso.

— Claro que não — franziu seu cenho — você merece sair desse lugar. Já passou por muita coisa, meu amor.

— Fico feliz que pense assim, mas não queria deixar você - murmurou, se inclinando para deixar um beijinho em seus lábios.

— Não se preocupe comigo — negou — eu vou ficar bem.

Harry observou ele voltar a comer calmamente.

Como tudo aquilo aconteceu?

De repente ele estava a dois meses de sair da cadeia, após nove anos, era quieto, pensava em si mesmo e fazia seus negócios andarem.

Mas de repente conheceu Draco, uma pessoa que não tinha o menor compromisso para si, mas que passou a lhe controlar indiretamente de um modo absurdo, ele sequer questionava os pedidos e exigências.

E ainda assim Harry não deixava de querê-lo bem.

Por outro lado, Draco sentia o olhar de Harry sobre ele, fingia não desconfiar do comportamento de Harry nos últimos momentos, talvez houvesse lhe entendido.

Cela 028 - DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora