Em uma mudança para se afastar dos seus problemas, Hyunjin conquista a atenção de um lindo gato branco com grandes e brilhosos olhos castanhos. Mal sabe ele que está prestes a ser hipnotizado por um jardim de violetas, ou mais especificamente, por u...
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Mais uma vez me encontrei com ela. A moça ruiva da casa em frente a minha estava usando uma bermuda dessa vez. Ela sorri e acena para mim, como rotineiro. Vi pela primeira vez que ela possui um grande a preguiçoso cachorro. Seus pelos são tão dourados que a na luz do sol se assemelha a pilhas de ouro.
Ouro. Ouro me lembra o cabelo dele. Onde será que ele está? Talvez na floresta? Onde será que ele mora?
Perguntas. Odeio deixar minha cabeça tão cheia de perguntas sem respostas, ou sem alguém para me respondê-las. Talvez tirar um cochilo faça eu esquecer disso, não quero nem pensar na possibilidade de me perder naquela floresta mais uma vês.
Esfrego a ponta do cigarro na madeira da janela, assim como já fizeram comigo. Jogo a droga no lixo perto da cama e deixo meu corpo cair sobre ela sem preocupações. Ajeito minha cabeça no travesseiro, sentindo o cheiro do amaciante que comprei recentemente — minha avó costumava a usar esse, então por nostalgia acabei comprando.
Tão confortável. Minha criança interior recebe um pouco de luz solar, me fazendo relembrar velhos e bons momentos. Lembro de quando eu sempre dormia depois de um almoço suculento e recheado de prazer, meus brinquedos ficavam espalhados pelo chão, mas minha vó sempre arrumava toda a minha bagunça.
Aos poucos vou perdendo a consciência. O vento que entrava pela janela aberta fazia o calor ser inexistente. Meus travesseiros frios fizeram com que meu cérebro desliga-se mais rápido. A música que tocava em meus fones ficava cada vez mais alta, porém não me incomodava.
Back to the Old House do The Smiths. Essa era a música que tocava em loop no meu Spotify.
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Sinto um pouco de dor em meus olhos, obrigando eles a abrirem e me conceder a bênção da visão. O sol estava mais brilhante do que nunca, as nuvens conversam entre si, provavelmente sobre o quão azul o céu está. Sinto algo pinicar minhas canelas nuas, era a grama.
Libélulas voaam para lá e para cá, como se estivessem com pressa para chegar em seus respectivos lugares. Meu corpo se encontra leve, porém não consigo levantar, na verdade eu não quero levantar. Aqui é confortável, mesmo sentido muita coceira em meus braços e pernas.
