프롤로그 prólogo

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" Você vai amar morar lá, meu netinho. Aquela casa é toda sua e dos seus irmãos.

... Eu te amo. ".

E essas foram as ultimas palavras da minha falecida avó. Agradeço as nuvens por tamparem o sol hoje. Não me levem a mal, eu não odeio dias ensolarados, mas o calor me incomoda em um nível inexplicável. Para qualquer direção que meus globos oculares resolvam exergar, vejo mato. Folhas vivas, algumas desbotadas. Rosas brancas em alguns arbustos, pequenas flores amarelas e roxas espalhadas pelo chão. As casas em um padrão de cor: bege, branca ou marrom.

" Será que vivem muitas pessoas aqui? ", penso.

Se realmente houver outras pessoas, provavelmente são idosos. Eu até prefiro assim, pelo menos terei paz e não ouvirei o que meus ouvidos não precisam captar. Isso se eles não quiserem se intrometer na minha vida, porém prefiro pensar que são agradáveis.

Fazem anos que não venho aqui. Acho que uns... 16 anos? Talvez, ou 18, não sei. Sempre fui péssimo em exatas, então nem tem motivo pra ficar pensando nisso agora. Só sei que parei de vir quandk ela morreu. Mas eu já tô aqui, longe de tudo, isso é o que importa.

Eu tenho que viver o presente. Eu preciso viver o presente.

— O senhor é novo por aqui? - uma voz feminina aparece. Me viro lentamente para a garota.

É uma jovem branca, alta, com grandes olhos escuros e fios loiros. Se fosse para adivinhar, diria que ela poderia ter 20 ou 21 anos. Vestia um cardian vermelho escuro, juntamente com uma calça moletom cinza. Além de um simples colar de estrela marinha.

— Acabei de chegar de mudança.
— Mas, já veio aqui antes?
— Sim - respiro fundo — essa era a casa da minha avó. Vinha todo verão quando era menor.
— Ohh, compreendo. Desculpa a pergunta, mas, ela está...?
— Morta? Sim. Ela deixou essa casa em meu nome, então decidi vir morar aqui.
— Nossa Senhora, meu pêsames senhor — ela curva minimamente o corpo — Bom, seja bem vindo a este lugar. Qualquer coisa pode pedir ajuda, meu nome é Jihyo!

A mulher estende sua mão direita. Penso alguns segundos se eu realmente iria apertar a mão dela, não sou alguém que adora qualquer tipo de toque físico. Contudo, preciso ser gentil se quero não ser alvo de fofocas paralelas.

— Prazer, Jihyo — dou um pequeno sorriso para a outra, e a mesma sorri largamente — meu nome é Hyunjin.
— Ótimo, Hyunjin! Se precisar de qualquer coisa pode me chamar. Minha casa é aquela ali — a morena aponta. Não é longe, na verdade as casas aqui são bem perto uma das outras.
— Agradeço a gentileza, Jihyo.
— Até mais! - se despedi sorridente e vai embora em passos rápidos.

Ultravida - De mãos dadas até o fim, em qualquer horizonte » 𝗵𝘆𝘂𝗻𝗹𝗶𝘅Onde histórias criam vida. Descubra agora