𝗜𝗜 - " ʋαι ɱҽʂɱσ ɱҽ ιɠɳσɾαɾ? "

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Matheus e Theodore estavam indo a escola juntos, desde aquele sábado em sua casa estavam em um clima estranho, mas ambos estavam tentando ao máximo voltar ao normal.

— Ei, Theo... – deu uma pausa, para o amigo olhar para o seu rosto, o que não aconteceu, apenas ouvindo um "hum?" vindo do outro. — quais os horários de hoje?

— Inglês, geografia, matemática, história, filosofia e sociologia. – citou rapidamente, enquanto tentava não mostrar seu rosto para ele.

Estava suando, não sabia se era por causa do calor da manhã – o que era improvável já que havia várias pessoas de blusa de frio indicando um clima gelado –, mas sabia que estava tão vermelho quanto um morango.

Matheus também agradeceu pelo menos não ter virado o rosto, não saberia como encarar o amigo após ter se aliviado com sua imagem na mente, estava tentando levar isso como algo normal.

— Você...usou protetor solar hoje? – Matheus tentava puxar algum assunto, enquanto Theodore não fazia questão nem de desacelear o passo para falar com ele.

— Sim. – falou, apenas torcendo para que a escola chegue logo e ele possa focar no quadro e em suas anotações.

O silêncio se instarou denovo, Matheus se perguntou se deveria ou não perguntar alguma outra coisa, gostava de conversar com Theo quando estavam indo até a escola, gostava de ouvir a voz dele.

— Ei, Theo. – chamou seu nome denovo, agora segurando no ombro do mesmo para ele diminuir o ritmo.

Focando mais em seu rosto e vendo ele completamente vermelho, o que se destacava muito em seu rosto praticamente pálido.

— Tem certeza que passou protetor solar? – questinou, suspirando, Theo tirou a mão dele de seu ombro, voltando a caminhar de volta para a escola. — Para de andar tão rápido, a escola não vai sair do lugar e a gente vai chegar muito mais cedo.

Antes que ele pudesse falar mais alguma coisa, Heloísa apareceu, era uma colega de sala que era muito apegada em Matheus - e o mesmo não retribuia todo esse carinho.

Heloísa tinha cabelos loiros escuro cacheados, pele branca com algumas sardas que poderiam passar despercebidas de tão claras, olhos castanhos claros e beirava o 1,64.

— Oi, Math!! – cumprimentou o mesmo, ficando ao seu lado na caminhada. — Oi, Theo.

— Oi, Helo. – Matheus a cumprimentou normalmente, enquanto mudava seu olhar para ele, acalmando seus passos para ficar ao lado dela.

Theodore não se importou com a companhia dela na verdade, só queria sumir do campo de visão de Matheus, estava morto de vergonha.

— O que ele tem...?

— Não sei.

Na aula de geografia, ambos se sentaram com outras pessoas, Matheus com Heloísa e Theo com Otávio, um amigo deles em comum.

Mas o que Matheus encarou essa mesa deles era impressionante, toda hora sentia algo se remoendo em seu corpo quando via Otávio tão próximo de Theo.

— Os fusos horários são divisões da Terra que determinam diferentes horários em diferentes regiões do mundo. Cada fuso horário corresponde a uma faixa de longitude, e o cálculo dos fusos horários é importante para entender a diferença de tempo entre diferentes países. Considerando que no Brasil são 10 horas da manhã, e Los Angeles fica a 3 fusos para oeste do Horário de Brasília, que horas serão em Los Angeles? – Heloísa leu o enunciado da questão, fazendo Matheus prestar atenção nela.

— Para o oeste é menos ou mais? – Matheus perguntou, sua inteligência não servia para essas coisas, servia para matemática.

— Achei que você soubesse...

— Ei, Theo. O fuso para o oeste é menos ou mais? – perguntou, se incomodando que o mesmo pareceu se assustar com seu tom de voz.

— Menos. – uma resposta rasa, o mesmo não fez questão de olhar na cara de Matheus, o que o incomodou mais ainda.

O clima entre ambos estavam uma merda, e é claro que isso não passou despertou pelo povo da sala.

— Você também percebeu Theo e Matheus estranhos? – Perguntou Manuelly, que terminava de entregar o caderno para uma de suas amigas.

Manuelly tinha cerca de 1,70 ou 1,72, cabelos um pouco abaixo dos ombros, tom de pele pardo e cabelo ondulado presos em um rabo de cavalo feio acompanhado de uma franja e olhos castanhos bem escuro, beirando o preto.

— Claro que percebi, a sala até parece menos...sei lá. – respondeu Fernanda, enquanto fechava o livro sobre a mesa.

Fernanda, tinha cerca de , sua altura mais ou menos 1,56, cabelos pretos que eram um pouco maiores do que o de Manu, olhos castanhos escuros quase pretos, tom de pele pardo meio bronzeado, cabelos lisos.

— Será que eles se comeram e depois ficou um clima estranho? – questionou Manu, dando uma risada em seguida.

...

Era a aula de história, pode-se se ver Matheus ainda mais irritado, Theodore havia o ignora o intervalo inteiro, mal havia ficado ao seu lado, o que o deixava indignado, era seu melhor amigo o ignorando completamente.

— Ei, Theo. – o chamou baixinho, enquanto a professora de história explicava a matéria qual nem prestava atenção. — vai mesmo me ignorar porra?

— O que é? Tô tentando estudar. – questionou baixo também, enquanto se sentia nervoso apenas de se sentar perto do melhor amigo.

Matheus não sabia o porquê chamou ele, queria uma explicação de estar sendo ignorado, mas a aula de história não era o melhor momento para isso.

— Você vai embora comigo, certo? – perguntou, podia fazer o amigo se explicar no caminho, é, iria fazer ele se explicar no caminho.

— Vou.

Na hora de ir embora Matheus não saiu de perto de Theo, impedindo de que qualquer forma, ele fosse embora sozinho, as pessoas estavam indo embora tranquilas, enquanto eles faltavam se matarem com o olhar.

— Vamos? – Theo perguntou, o que surpreendeu Matheus, ele achava que ele teria que falar com o mesmo, mas ficou feliz com a iniciativa.

— Claro. – falou passando o ombro pelo braço do amigo, com um pequeno sorriso no rosto enquanto saíam da sala.

Ficou um momento de silêncio até os dois saírem da escola e irem para a rua, Matheus encarava ele pelo canto de olho, o vendo ficar ainda mais vermelho.

Theodore conseguia sentir o olhar do amigo o devorando.

— Por que está me ignorando? – perguntou Theus, enquanto descia a mão do ombro de Theo até o meio do braço.

— Deve ser coisa da sua cabeça... – foi interrompido pelo mesmo dando uma risada, já meio nervoso com a situação.

— Claro, minha cabeça que inventou você não olhando pro meu rosto hoje cedo, não aceitou fazer dupla comigo comigo e você me dando respostas secas. – citou todas as vezes que se sentiu completamente derrespeitado pelo melhor amigo.

Mas antes, Matheus olhava para frente, agora eles estavam parados no meio da calçada, com Theus olhando para ele, fazendo o ar quente da sua boca bate no rosto do mesmo, o vendo ainda mais vermelho.

Theo não soube responder, estava nervoso o suficiente para nem ter entendido 100% do que o amigo falou. Então ficou calado encarando o chão.

— Quer sair hoje mais tarde...? O povo vai jogar vôlei. – inventou uma desculpa, apenas não querendo falar.

— Já me chamaram, eu vou sim.

Matheus depositou um beijo em sua testa, soltando eu braço e indo embora, deixando o mesmo confuso.

𝐌𝐄𝐋𝐇𝐎𝐑𝐄𝐒 𝐀𝐌𝐈𝐆𝐎𝐒Onde histórias criam vida. Descubra agora