capítulo 2

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Kiara

Tempos atuais

Estou deitada na cama de Tatiana – minha melhor amiga desde que me entendo por gente – assistindo Brooklyn nine-nine com ela.
Meus pais sairam pra uma reunião com os Connor e eu vim pra cá pois não queria correr o risco de ir junto e acabar esbarrando com aquele babaca do Mattheo.

Não entendo como ele consegue tirar a minha paz com poucas palavras, nunca me dei bem com ele, nossos pais são melhores amigos e por isso acham que devemos ser também, mas eu não vou, nunca, repito, NUNCA serei amiga de Mattheo Connor, o arrogante e insuportável babaca de Seattle.

Sou tirada dos meus pensamentos com a risada de Tatiana, deve estar rindo de algo que o Jake fez, mas quando olho pra ela vejo que na verdade, ela não riu da série e sim de mim! O que eu fiz dessa vez?

– Tá rindo do quê sua esquisita?

– Estou rindo das caretas que você faz enquanto pensa no Mattheo – imita a careta que segundo ela eu estava fazendo.

– E-eu não estou pensando no Mattheo – era só o que me faltava, agora essa pestinha consegue ler mentes!

– Acho que as vezes você esquece que eu sou sua melhor amiga e te conheço melhor que ninguém, para de mentir e me conta logo o que aconteceu dessa vez. – como ousa me chamar de mentirosa Tatiana? Aff, ela só vai parar quando eu der umas boas bofetadas nela!

– Aff, eu só não entendo como ele consegue ser tão insuportável, ontem ele e os pais foram jantar lá em casa e você sabe que quando os meus pais e os dele se juntam não há nada que os faça parar, ja viraram a noite conversando, queria saber de onde tiram tanto assunto. Mas enfim, depois que eles acabaram de jantar...

Flashback on:

Meus pais se levantam da mesa e vão para a cozinha junto com os de Mattheo, me deixando sozinha com ele, que Deus me ajude!

– E aí pigmeu, tudo certo? – pigmeu, vou mostrar pra ele o pigmeu, aí que ódio, Mattheo sempre se gabou por ser mais alto, medindo seus 1 metro e 93 centímetros, eu realmente pareço uma anã perto dele já que altura não é bem o meu forte, meço 1 metro e 64 centímetros e ele sai na frente com quase 30 centímetros a mais que eu.

Não o respondo propositalmente, quando ele aprender a agir igual gente e me chamar pelo meu nome, aí eu posso pensar no caso dele.

– Vai me deixar no vácuo mesmo, Kiara? – insiste.

– Vou. – me levanto e saio da mesa em direção a sala mas ele vem atrás.

– Que mal educação, amor, seus pais não te ensinaram a respeitar os mais velhos? – falou o velho gagá.

– Você só é mais velho por 25 dias, Mattheo, vinte e cinco.

– independente, morena. Muitas coisas acontecem em 25 dias. – ele insiste em me chamar de morena para me irritar, eu já cansei de dizer pra ele não me chamar assim, mas entra por um lado e sai pelo outo, que saco!

– Eu já disse pra parar de me chamar assim!

– Assim como, morena? – ele deve estar querendo apanhar e não tá sabendo pedir!

– Deixa de ser sínico, garoto! Você sabe que eu odeio que me chame de morena. – a passos largos me afasto dele e me sento na poltrona de um lugar para ele não se achar no direito de se sentar do meu lado.

Eu já estou me estressando com esse moleque, quando eu pegar e meter a porrada nele, ele não vai gostar.

Fecho os meus olhos e me encosto na poltrona, respirando fundo para poder me acalmar, ele não vale a pena.

Só que como estava de olhos fechados não vi que o babaca se aproximou de mim.

– Você prefere quando te chamo de amor? – diz sussurrando no meu ouvido, o que me faz dar um gritinho pelo susto, mas me arrepiar inteira com essa voz rouca dele no meu ouvido... O que!? Tá ficando maluca Kiara?

– Saí inferno! Eu tenho nome sabia? Quer que eu soletre? K - i - a - r - a, experimenta me chamar assim, insuportável! – digo me levantando da poltrona e indo para longe dele.

– Mas aí não tem graça, linda! – bufo e subo as escadas em direção ao meu quarto e tranco a porta, ainda consigo ouvir a sua risada aqui do quarto, patético!

Flashback off

Tatiana está rindo novamente, rindo não, gargalhando, o que essa imbecil tem contra mim?

– É o que agora, Tatiana?

– Você falando dele assim, parece até que está apaixonada. – ela volta a gargalhar e eu fecho a cara, essa garota so pode estar tirando uma com a minha cara.

– Eu não vou nem lhe dizer nada – levanto da sua cama e pego as minhas coisas – Já estou indo amiga, preciso terminar algumas coisas em casa, beijo!

– Sabe que eu to brincando né, Kie? Te amo amiga, tchau, até amanhã!! – me despeço da garota e volto pra casa.

Só não esperava que quando chegasse em casa iria me deparar com a minha mãe, o meu pai, o tio Oli, a tia Mag e o Mattheo sentados no sofá da sala, quem morreu?

– Que bom que chegou minha filha, estávamos só esperando você chegar para contar uma ótima notícia para vocês dois – diz o meu pai com uma animação que não vou mentir, me assustou...

Odeio amar vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora