Blade, não confundir com o da Marvel

Cena 2: Poder implacável

Blade enfiou sua espada no peito do homem, usando sua força aprimorada combinada com sua visão raio-x. Cortou seus ossos, ao puxar de sua lâmina serrilhada arrancou seu pulmão. Mesmo diante de tamanha brutalidade o "2" tenta o atacar, mas assim que ele ergue seu braço para o ataque, Blade usando suas garras arranca seu braço e o lança para longe. O "3" empurrou seu companheiro ferido, ansiando amassar o crânio de Blade contra o chão. Para assim se provar para seu chefe, quem sabe assim ele poderia ganhar um aumento e finalmente quitar o maldito cafetão que ele devia, mas Blade foi muito mais veloz ergueu sua espada para o alto e cortou o "3" ao meio, saindo assim uma chuva de sangue, que caiu sobre as costas de Blade que continuava sorrindo, se deliciando com o sofrimento daqueles vermes humanos.

― Vocês são uns humanos de merda. Vou arrancar o cu de vocês e prender na parede, desgraçados! ― berra alucinando com sua própria carnificina. Todo esse caos, todo esse mal aflora o que há de pior nele, também o cega de poder, o fazendo esquecer seu propósito, suas convicções... Nada mais importava, sangue, seus impulsos clamavam por sangue!

O "4" pega seu metal e atravessa Blade, que se encontrava quase que literalmente cego, por não ter visto este ataque tão obvio e previsível, afinal se haviam cinco, assassinar três não significa vitória. Blade foi perfurado pelo taco de cobre, sua única fraqueza. Puto com suas próprias escolhas idiotas e atitudes impulsivas, Blade desmaia.

O homem olha em sua volta todos aqueles corpos mortos, se volta para Blade caído como um pedaço de bosta, analisa suas características tão esquisitas e cospe em sua face desacordada.

― Que cara fudido. ― ele dá as costas, continuando seu caminho sem se importar com os companheiros que perdeu durante aquele confronto.

Finalmente a mente de Blade se cala o suficiente para que consiga dormir, mas seu descanso não dura muito, logo suas memórias o fazem sonhar.

"Que luz é essa?" questionou internamente enquanto seus olhos se abriam lentamente, aquele cenário vazio, claro, tão bem equipado só podia significar que ele estava em uma sala de laboratório, seu coração acelerou, isso só podia significar mais experimentos. Tentou se debater, mas estava muito bem acorrentado, uma dor insuportável o forçou há erguer um pouco sua cabeça quando viu seu braço ainda aberto, sua mão estava toda enfaixada.

― Ah! Meu braço... ― diz com sua boca amordaçada. ― O que é isso na minha mão?! ― ele tentou mover suas mãos, mas isso apenas o feriu mais, como se o sangue que circulava fosse um veneno queimando tudo por onde passava. ― Ahhh!! ― berra se debatendo antes de ser suprimido por seringas tranquilizadoras.

Blade se acorda no meio da rua, ainda estava escuro. A brisa fria o congelava, não que isso o incomodasse, apenas servia para lembrá-lo do que ele era. Algo além de um humano, se sentando desnorteado coloca a mão no metal o tirou do peito sem esboçar reação alguma. O sangue em sua roupa já havia secado, mas mesmo assim ele rasgou sua camisa a lançou longe, no caminho de volta para o armazém avistou uma loja de roupas. Olhou para vitrine por alguns segundos, caminhou até a porta que estava trancada, afinal era madrugada, revoltado socou a porta o que a fez entortar com seu alto intelecto chegou à seguinte conclusão: "Não é invasão se a porta estiver escancarada." Um pouco tímido acabou de arrombar a porta, por algum motivo nessa pequena loja nada refinada havia uma longa capa escura e um casaco longo que o ajudaram a esconder suas garras. Agora bem trajado retorna para "seu" armazém, vê ratos por tudo e fica puto.

― Ratos de merda... ― murmura com desgosto. ― Eu vou pisar em vocês, seus bostinhas!

Aproximou-se dos animais, mas antes de matá-los eles o olharam com suas feições mais adoráveis, para os padrões de ratos, Blade se abaixa pegando um dos pequenos. Após muito se encararem, por fim ele cede sentindo pena dos bichinhos recordando que assim como ele. Eles não têm abrigo, são rejeitados por todo o resto da sociedade. Soltou o pequeno, lançou sua katana longe sem muitas preocupações e se deitou para repousar, sua mente o leva novamente aos seus dias na F55, mas dessa vez de forma mais "inconsciente", uma sensação o incomodava uma presença ruim...