𝐔𝐍𝐎.

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       MAITE RIOS

BALANCEI a perna impaciente, e erick me encarou. Acordei cedo para ir até a agência, de uma "amiga"e ele acordou cedo para treinar. Então unir o útil ao agradável, e pedir ele uma carona. 

— que fue ? — Ele perguntou.

— Nada — Respondi.

— Nadie... então por que tá balançando a pierna, assim ? — Ergueu a sobrancelha.

— Ansiedade... — Falei — não sei se vou conseguir tanto trabalho, igual conseguia lá no chile.

— Tú vai... és mucho linda , e com certeza todas as agências vai querer te contratar — Ele disse, e fiquei surpresa.

Ele disse, que eu sou muito linda.

Eu sei que sou , mas ouvir ele dizendo isso é novo.

— Você realmente me acha , linda ? — Perguntei, agora encarando ele.

— Sim , yo acho... — Respondeu — no acredita, em mim ?

— Não é isso... — Ele para no sinal , e me encara — é que a gente nunca se deu , e para falar a verdade não estou entendendo porque está sendo legal comigo.

— Queria que yo te tratasse , mal ? — Nego com a cabeça.

— Eu só acho estranho, nem parece que aconteceu tudo aquilo... — Relembro — anos atrás.

— Tú agora é uma adulta, non ? — Assinto — então podemos deixar tudo aquilo, para trás ?

— Relaxa, eu super conseguir superar o fato de que você não me quis... — mentira! — eu entendi, que para você eu era uma criança.

— Non foi por isso , que yo no te quis... — Ele disse me deixando confusa, e um pouco brava por não retirar que me achava uma criança— foi por tu hermano , por nossa amizade.

— Ficou com medo , dele ficar com raiva? — Quis saber.

— Sim , ele vivia dizendo que tú era zona proibida... — Estacionou o carro, na frente do prédio — e que qualquer um que se aproximasse, ele nunca mais olharia na cara e quebraria a pessoa em pedaços.

Ótimo saber que meu irmão, é um ciumento.

Muito bom , saber que por causa dele eu não sentei em você.

Mas agora...

Eu posso.

Ele não tá aqui.

E se acontecer, ele nunca vai saber.

— E agora ? — Falei , e ele me olhou confuso.

— E ahora, o que ? — erick perguntou.

— Você me pegaria? — Ergui uma das sobrancelhas.

Ele arregalou os olhos, e fechou os olhos com força.

— Non vou responder, isso... — Ele disse por fim, voltando a me olhar — por que sei que vou me arrepender, e eu não quero magoar meu hermano.

Assenti, e mesmo discordando não falei nada.

— Eu te mando mensagem quando acabar aqui — Tirei o cinto e abrir a porta.

— Maite? — Ele chamou , e virei a cabeça, olhando-o por cima do ombro — me desculpa.

— Pelo o que, exatamente? — Virei o corpo, ficando de frente para ele.

— Você sabe... por não ter coragem de...

Interrompi ele , antes que continuasse :

— Tá tudo bem erick, você não é obrigado a me querer.

𝐒𝐇𝐀𝐌𝐄𝐋𝐄𝐒𝐒 • 𝐄𝐑𝐈𝐂𝐊 𝐏𝐔𝐋𝐆𝐀𝐑 Onde histórias criam vida. Descubra agora