Adolescência

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     Na pacífica cidade de Águas Santas, morava uma jovem menina, no auge de seus 14 anos, que não passava de uma adolescente comum, era fã de Shawn Mendes, Tiago Iorc e Emicida, e seu ator favorito era o Pedro Pascal. Nas foras vagas, Margarida Monteiro amava passear com a avó pela praça da cidade, elas iam para a missa aos domingos de manhã, e tomavam sorvete nas tardes de sexta-feira, depois que Margarida chegava da escola. Ademais, ela sempre amou desenhar, e levava muito jeito para isso, desenhava paisagens, memórias felizes, comidas e amava desenhar suas amigas de escola, Clara e Sofia, além de sua avó, é claro.
    Margarida não conheceu sua mãe, que faleceu em seu parto, e seu pai a abandonara antes mesmo de nascer, largando sua mãe grávida sozinha e indo embora com outra, ela nunca o viu pessoalmente e nem fazia questão, então ela sempre foi criada pela avó, tomando café quentinho com broa de milho todas as manhãs.
     A jovem tinha mesmo veia artística, já que em vida, sua mãe foi uma graciosa artista plástica, que já teve obras expostas inclusive em feiras de arte, e ela ainda guardava alguns quadros de sua mãe, para relembrar a mulher incrível que ela foi. Sua avó, Felipa, também fazia questão de guardar memórias, como um álbum de fotos, alguns quadros e o diário de sua mãe, todos muito bem conservados.
    Margarida gostava de um menino da escola, mas ele definitivamente não gostava de volta, na verdade ela até se perguntava se ele notava que ela existia, mas tudo bem, era melhor assim, quanto mais invisível, mais feliz Margarida se sentia, ela não precisava de nenhuma companhia masculina e sempre teve até um pouco de nojo dos meninos, o "gostar" que ela sentia por esse menino sequer podia ser convertido em um sentimento mais sério do que a vontade de dar um selinho nele, porque nem beijo de língua era do interesse dela, o único interesse definitivo dela era desenhar!

Doce fecho-eclerOnde histórias criam vida. Descubra agora