One Shots - Rosattaz

Louca

Gattaz gp

O telefone estridente começa a ecoar pelo quarto, com seu corpo sonolento e irritado pelo barulho. Caroline estende a mão para o celular que zumbia estridentemente sobre a mesa de cabeceira. Seus olhos ainda meio cerrados e a mente turva pelo sono recém-interrompido, ela desliza o dedo na tela, tentando silenciar o ruído invasivo. Com um grunhido de frustração, finalmente consegue atender.

— Quem é, porra? — resmunga, sua voz rouca e áspera pelo despertar abrupto.

— Bom dia, raio de sol. — respondeu Naiane, ignorando o tom pouco receptivo de Caroline.

Caroline aperta os olhos, tentando se livrar do embotamento do sono enquanto ouve a voz de Naiane do outro lado da linha.

— O que você quer me ligando, Naiane? — Caroline questiona, sua paciência claramente testada pelo despertar abrupto.

— Rosamaria mandou eu te avisar que é pra você ir buscar suas coisas na casa dela. — Naiane entrega o recado, fazendo Caroline suspirar e revirar os olhos.

— Ah, é? Então estou mandando você avisar a ela que eu mandei ela ir pra puta que pariu! — Caroline retruca, seu humor não melhorando nem um pouco.

— Tudo bem, o recado será enviado. Mas é sério, ela disse que queimaria suas coisas se você não viesse. — Naiane acrescenta, tentando transmitir a seriedade da situação.

— Tá, tá, tá. Depois eu vou. Tchau! — encerra a ligação.

Caroline jogou o celular com força na cama, desejando poder voltar a dormir, mas logo percebeu que isso não seria mais possível. Com um suspiro resignado e um xingamento baixo, ela rolou na cama, sentando-se e esfregando os olhos.

Decidida a começar o dia, Caroline se levantou da cama e caminhou diretamente para o banheiro. A água quente do chuveiro era um convite irresistível, especialmente depois de uma noite mal dormida. Ela ajustou a temperatura, deixando a água morna envolver seu corpo, dissipando lentamente a sensação de sonolência.

Enquanto a água escorria por seu corpo, Caroline aproveitou para lavar o cabelo e o corpo, deixando-se envolver pela tranquilidade que o banho proporcionava. Após alguns minutos revigorantes sob o chuveiro, ela desligou a água e envolveu-se em uma toalha macia.

De volta ao quarto, Caroline escolheu cuidadosamente sua roupa do dia, optando por algo confortável, uma calça jeans folgada, camiseta e tênis. Ela deslizou em suas roupas, sentindo-se mais desperta e pronta para enfrentar sua namorada, ou ex, era uma situação complicada.

Ela saiu de seu quarto e de sua casa. Caroline entrou em seu carro, respirando fundo para se acalmar antes de dar partida. O motor da BMW I8 ronronou suavemente quando ela virou a chave na ignição, e ela se viu dirigindo pelas ruas da cidade de Belo horizonte, perdida em seus próprios pensamentos.

Enquanto o asfalto se estendia diante dela, Caroline repassava mentalmente a conversa com Naiane, sobre Rosamaria queimar suas coisas. Ela tentava se preparar para qualquer eventualidade, mantendo a calma para não surtar com a mulher.

Finalmente, o prédio de apartamentos de Rosamaria e dela surgiu à vista. Caroline estacionou o carro na rua e saiu. Ela subiu de elevador até o apartamento, as portas metálicas se abriram, automaticamente Caroline revirou os olhos ao ver o pequeno tapete de boas vindas na porta do apartamento, Rosamaria sabia que ela odiava aquele tapete, era a coisa mais brega que existia, a loira chutou o tapete pra longe antes de tocar a campainha.

Logo Caroline tocou a campainha impaciente. Quando a porta se abriu, ela entrou sem ao menos ser convidada, afinal, metade do apartamento era seu também.