Sonhos

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O canto dos pássaros.

Um sentimento de paz.

Esses pensamentos passaram pela minha cabeça. Estava passeando por um campo enorme de lindas flores. Lembro que esse sempre foi um dos meus sonhos, além de sair daquele lugar.

— ...cesa ...Princesa Poppy.

Agora, alguém estava me chamando. Uma voz de outro troll... Outro troll?

— Princesa Poppy.

Era com um tom de urgência, como se ele estivesse prestes a chorar. A voz continuou.

— Você precisa encontrar...

_— Quem é você?_

De repente tudo mudou. As lindas flores haviam desaparecido junto da luz e o céu azul dando lugar a uma escuridão sem fim.

— Meu nome é Branch. — Ele falou e da escuridão surgiu, seu brilho azul vencendo as trevas. Na frente de meus olhos haviam outro par de olhos, de um troll, me encarando abertamente.

Ele levou as mãos até o pescoço e escondido na sua armadura revelou um colar. Seu brilho cintilava como o azul escuro de uma nebuloza.

Lindo...

Foi o que pensei.

— Você precisa encontrar e entregar isso a ele...

Pegou minhas mãos estendidas pôs o colar ali e as fechou segurando com ternura as minhas duas mãos. Eu agarrei firme. — ...Quem é ele? — Seu olhar suavizou.

— Você vai saber...

Então eu acordei.

Ainda podia sentir o calor de suas mãos nas minhas.

— Entregar... Pra ele...

Um nome desconhecido, roupas estranhas. Eu me lembro de olhar nos olhos dele antes das lágrimas começarem a cair. Ele tinha uma expressão triste e segurou minhas mãos com tanto carinho.

Era um sentimento...

Nostálgico.

Estranho pois eu nunca vi alguém como ele.

Mas era apenas um sonho. Um sonho estranho e sem sentido, e eu até já me esqueci do nome dele.

Mas ainda sim.

Ainda sim sinto meu coração acelerado. Meu peito estranhamente pesado, e de novo acordei chorando. Respiro fundo para me acalmar.

Desistindo de pensar, saio da minha cama jogando o meu cobertor para longe de mim.

O som de algo caindo chama minha atenção. Olho para o chão e pulo de surpresa.

Um colar?

Um colar azul?!

  Sorrateiramente eu me aproximo do objeto, com algum cuidado tiro do chão.

_Leve._

— Como pode ser possível?

É idêntico ao que aquele estranho troll azul me entregou no meu sonho, viro de um lado para o outro analisando melhor.

As bordas de prata seguravam o diamante azul no centro que era com certeza o destaque principal, mas parecia estar quebrado. Era como um dos lados de um coração partido.

Passei pela minha janela, instintivamente puxei as cortinas. Os raios de sol da manhã invadiram meu quarto e o diamante brilhou, sua cor até suavizou um pouco.

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