A Hope Renewed - Meddison

Tea and Touch

Vamos para mais um capítulo
incrívelmente especial pra vocês.

Muito obrigado por todos, favoritos
e avaliações. Continuem sempre
mandando seus feedbacks. Vocês
me deixam feliz com suas reações.

Esse capítulo foi o mais que gostei
de adaptar. Tem muito romantismo,
poesia e delicadeza em cada detalhe.
Tenho certeza que vocês vão gostar.

Então vamos ver o momento
mais esperado delas...

.....

Meredith

Passei metade da noite revirando de um lado para o outro na cama e a outra metade andando de um lado para o outro no chão. Eu estava preocupada com papai, preocupada com Addison, preocupada com a chegada de sua família em alguns dias, e o mais estressante, eu estava preocupada que isso pudesse acabar a qualquer momento.

Bem, preocupado não era a palavra certa. Aterrorizada. Eu estava apavorada com a possibilidade de que a qualquer momento o juiz Clearwater chegasse, com a anulação em mãos, e nos informasse que o casamento havia sido dissolvido. Era o melhor para Addison e papai, mas as palavras dela não paravam de se repetir na minha cabeça.

“Diga-me, o que você quer, Meredith?”

Eu sabia o que meu coração queria, mas estava errado. Seria errado pedir tanto dela. Eu queria me casar com ela. Eu queria ser sua esposa e passar minha vida com ela. A ideia era assustadora e maravilhosa ao mesmo tempo. Eu não poderia contar a ela enquanto ela ainda tivesse uma opção. Se a anulação fosse concedida, a escolha seria dela. Caso contrário, eu poderia dizer a ela o que eu queria.

Nas primeiras horas da manhã, finalmente desisti de qualquer esperança de dormir. Vestindo-me para o dia, prendi meu cabelo e calcei os sapatos. Descendo as escadas, procurei por vozes, mas não ouvi nenhuma. Percebi que não tinha ideia se Addison acordava cedo ou se preferia dormir até tarde. Havia muitas coisas que eu ainda precisava aprender sobre ela. Como ela gostava do seu chá? Ela preferia o ar livre na primavera ou no verão? Ela caçava? Ou cavalgava por prazer?

Ao passar pelo escritório, ouvi vozes abafadas lá dentro. A porta mal estava aberta e pude ver Addison e Mark lá dentro, ambos estudando alguns papéis sobre a mesa. Passei rapidamente em direção à cozinha para não atrapalhar o trabalho deles.

Quando cheguei à cozinha, coloquei água para o chá e peguei uma xícara e um pires. Até aquele momento, eu não havia percebido que tudo o que havíamos deixado para trás ainda estava na casa. Presumi que, depois de vendida, o novo proprietário o preencheria com seus próprios pertences. Suponho que o Sr. Robert Montgomery tenha ocupado a propriedade por tempo suficiente para substituir nossas coisas pelas suas. Eu agora segurava a xícara de chá de porcelana favorita da minha mãe. Era a xícara de sua própria mãe e ela sempre usava para o chá da manhã. Encostei a xícara contra o peito e fechei os olhos.

Ela sempre cheirava a lavanda e rosas e lia todas as manhãs enquanto tomava chá. Quando terminava, ela iria até seu jardim de rosas e caminhava entre suas flores preciosas. Em dias frios ou chuvosos, ela ficava acima do jardim do inverno, como eu havia feito alguns dias atrás. Eu a acompanhava quase todos os dias, pois ela me dizia como cuidar das flores e me permitia que eu segurasse a cesta enquanto ela cortava flores frescas para os arranjos. Quando eu chegava na idade suficiente, ela me ensinava a fazer mudas.

Eu me assustei ao sentir um calor em minha bochecha. Abrindo os olhos, olhei diretamente para o verde intenso olhando para mim. Os dedos gentis de Addison estavam enxugando as lágrimas que eu não tinha percebido que estavam caindo. Eu rapidamente passei meus próprios dedos pelas minhas bochechas para me livrar da umidade ofensiva e me virei para me afastar. Ela segurou meus ombros e me virou de volta para encará-la.