Telefonema no final da noite

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Minhas desavenças com Paco têm sido constantes, em grande parte devido à minha família e seus insistentes comentários sobre Christopher, exaltando suas qualidades e talentos excepcionais. Creio que, se falassem dos outros integrantes do RBD, a situação seria mais suportável, mas o foco sempre recai sobre ele. Isso tem afetado o ego de Paco, provocando nele uma irritação crescente.

Temos saído mais cedo dos almoços na casa da minha mãe, pois Paco invariavelmente recebe uma "ligação de trabalho" e precisa correr para o escritório para resolver algo urgente. Em parte, compreendo; eu também não apreciaria ouvir se a dona Alexandra começasse a falar incessantemente sobre Samantha, caso eu fosse a namorada de Ucker.

Estávamos passeando no shopping com Mapi quando, por acaso, encontramos Mai, Andrés e a pequena Lia. Decidimos almoçar juntos em um restaurante, e para minha satisfação, o humor de Paco melhorou quase instantaneamente ao encontrar seu "gêmeo". Eles rapidamente se envolveram em uma conversa sobre trabalho, já que ambos atuam na mesma área.

Notei a inquietação de Maite e comecei a suspeitar que ela queria me dizer algo, mas não sabia como sair da situação para iniciar seu interrogatório sobre Christopher. Enquanto conversávamos sobre assuntos triviais, eu percebia o olhar furtivo de Maite, como se estivesse esperando o momento certo para abordar o tema que realmente a incomodava. Eu sabia que era apenas uma questão de tempo até que ela encontrasse uma brecha na conversa para começar a me interrogar.

— Desculpem interromper, meninos. Mai, você tem pó compacto na bolsa? Com certeza deve haver algum paparazzi por aqui, e minha pele está péssima. Vamos ao banheiro comigo?

— Claro, amiga. Aproveito para retocar o meu também.

Andrés lançou um olhar curioso para Mai, claramente querendo perguntar o que estava acontecendo, mas se limitou a sorrir para ela. Nós nos levantamos e seguimos em direção ao banheiro. Antes de iniciarmos qualquer conversa, certificamo-nos de que estávamos sozinhas para evitar qualquer risco de que algo pudesse vazar para a imprensa.

— Pode começar, Mai. — Digo, incentivando-a a falar.

— Como estão as coisas com o Ucker?

— Você sabe como as coisas são complicadas, mas estamos nos falando com frequência, trocamos mensagens quase todos os dias. Mas não passa disso, entende?

— E sobre o beijo, vocês não falaram mais?

— O que há para falar? Foi apenas um beijo.

— Amiga, me desculpe, mas aquilo não foi apenas um beijo. Preciso te mostrar algo, mas, por favor, prometa que não vai matar o Christian.

— Deus, dai-me paciência...

Mai começou a mexer em seu celular, especificamente na galeria de fotos, e eu comecei a ficar apreensiva. Ela desbloqueou um álbum com reconhecimento facial, e aquilo estava me deixando ainda mais nervosa. Finalmente, ela me mostrou uma foto de nós dois, eu e Christopher, na piscina, próximos um do outro, e em outra, nós estávamos nos beijando.

Pase Lo Que Pase - VondyOnde histórias criam vida. Descubra agora