Um final de semana só nosso

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Minha rotina de trabalho tem sido exaustiva, mas, mesmo assim, nunca deixo de lado meus exercícios diários. Era durante a minha corrida matinal, o momento que eu mais uso para clarear a mente, quando o celular vibrou. Era uma mensagem da Dulce.

"Paco finalmente se mudou. Esse final de semana estarei sozinha, minha irmã levou a Mapi para o interior."

Ao ler aquelas palavras, meu coração disparou. A oportunidade que tanto esperávamos estava finalmente diante de nós. Eu sabia que esse fim de semana seria especial, e não podia perder a chance de torná-lo inesquecível. Respondi rapidamente, sem hesitar:

"Que tal passarmos o final de semana no nosso santuário?"

A ideia era simples: trazer de volta o que já tínhamos, reviver aqueles momentos tão nossos, longe dos olhares atentos da mídia e da pressão do mundo exterior. Naquele apartamento, nada e ninguém poderia interferir. Era o nosso refúgio, o lugar onde tudo começou e onde, de certa forma, sempre pertenceríamos um ao outro.

Decidido garantir que tudo saísse perfeito, imediatamente liguei para a equipe de limpeza. O apartamento precisava estar impecável, do jeito que ela sempre gostou. Era mais do que apenas uma questão de organização; era um símbolo do cuidado e do respeito que eu tinha por aquele espaço e por ela. Cada detalhe precisava estar no lugar certo.

Também sabia que precisava passar no mercado. Não poderíamos sair de casa durante o fim de semana, não apenas pela questão da privacidade — que ainda era importante, mesmo que agora não houvesse mais nada nos impedindo de estarmos juntos —, mas também porque eu queria que aquele final de semana fosse apenas nosso. Queria cozinhar para ela, assistir a filmes antigos, rir de coisas bobas e, principalmente, estar presente de uma forma que há muito tempo não conseguíamos.

A mídia mexicana, como sempre, estaria à espreita, pronta para transformar qualquer momento nosso em uma manchete sensacionalista. Mas naquele final de semana, eu queria que o mundo lá fora deixasse de existir. Era apenas Dulce e eu, finalmente livres para sermos quem realmente éramos, sem julgamentos, sem imposições.

Depois de resolver tudo, me senti mais leve, como se a expectativa de vê-la tivesse me dado uma nova energia. Aquele apartamento não era apenas um lugar físico; era onde tudo fazia sentido, onde a vida com ela parecia completa.

Enviei uma última mensagem: "Tudo estará pronto para você. Mal posso esperar."

Depois de passar no mercado e comprar tudo o que imaginei ser necessário, segui direto para o apartamento. Cada detalhe, por menor que fosse, precisava estar em ordem. Queria que tudo estivesse perfeito para receber a Dulce, como se o tempo que passamos longe um do outro nunca tivesse existido. Organizei as compras na dispensa e na geladeira, visualizando mentalmente o que cozinharia para ela. Fazia anos desde a última vez que preparei algo para nós, e a ideia de reviver esse pequeno gesto, carregado de memórias, me enchia de um sentimento nostálgico.

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