The History of Power

1.10

...

     Adam parou o carro em frente a sua casa, e a observou por algum tempo, era óbvio que ele não ia lá a bastante tempo, seu pai bebia e ficava agressivo, isso resultava em brigas e em surras, seu pai batia nele repetidamente ela sentir o sangue em seus punhos. O garoto suspirou voltando a realidade.

- fica aqui eu volto rápido - ele disse saindo do carro sem ao menos dar chance para a garota responder

    O garoto adentrou a casa apreensivo, assim que fechou a porta atrás de si, pôde observar as garrafas de cerveja, vidro e caixas de comida para todos os lados, seus passos leves e quase silenciosos era praticamente inauditiveis. Sua atenção desceu rapidamente para a foto em cima da pequena mesa, a foto de família que sua mãe havia tirado na praia antes de morrer.

     Um pequeno sorriso escapou de seus lábios, Adam tinha uma família linda, não era perfeita mas era aceitavel, ele colocou a foto na mesa novamente e observou a caixa de cigarro bem ao lado das plantas que estavam na mesma mesa, antes que ele pudesse pegar a caixa a voz grossa falou atrás dele.

- o que está fazendo na minha casa? - o homen apareceu de braços cruzados

- eu também moro aqui - respondeu sem virar para olha-lo

- há muleke - esbravejou se aproximando e o Garoto pode sentir seu corpo extremesser em resposta ao medo do que seu pai faria quando estivesse perto o suficiente - não pode sair e voltar pra casa quando quer

- na verdade eu posso, eu não tenho, nunca tive na verdade, uma autoridade contra mim, acredito eu que isso me dá uma certa liberdade de horario - sua provocação, não tanto programada deixou o homem a sua frente irado

- eu devia ter matado você quando tive a chance - esbravejou por entre os dentes chegando perto do pequeno armário de gavetas do canto

- é, também acho que devia - respondeu no mesmo tom

- Mas não se preocupe, ainda posso fazer isso - Adam sentiu seu corpo ficar rígido com o barulho do revólver sendo pego a gaveta, sabia que seu pai iria longe pra se livrar dele e provavelmente estava bêbado e muito drogado.

   O homen apontou a arma para o filho sem nenhum tipo de medo ou arrependimento, parecia nem pensar em quem estava apontando uma arma, mas Adam sabia que sua mãe nunca aceitaria esse comportamento de seu pai, e sentiu uma lágrima descer em sua bochecha ao lembrar que sua mãe não estava lá para dizer, "não se preocupe querido, ele não vai fazer nada" " você está bem", do tinha o seu próprio pai com uma arma em sua direção.

    Cedido aos fatos Adam fechou os olhos e esperou pelo maldito tiro que seu pai, praticamente, jurou dar, escutou a arma sendo engatilhada e suspirou pesado, tentando tirar a tensão de seu corpo, mas era impossível, diante da situação, quando escutou o barulho do tiro, um grito veio junto

- NÃOOOOOO - ele reconheceu a voz rápido demais, o corpo da garota caiu sobre ele, e aí ele sentiu seu coração pesar

- Amélia, aí meu deus, o que tá fazendo aqui? - perguntou vendo a garota deitada sobre si sorrir

- a cerca nunca foi fechada - sua voz falhou por alguns segundos, quando Adam olhou para o lado viu o corpo de seu pai  cair de joelhos, atrás dele estava Alisson com os olhos amarelos e garras a mostra