ᝰ.ᐟ - 11. Que piadaˎˊ˗

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SEOUL - COREIA DO SUL
Quarta-feira, 17 de abril de 2024
07:01 P.M.

POV: Hwang Yeji

O aniversário de Ryujin tá um tédio total. Mas eu entendo, afinal, ela não pode simplesmente fazer uma festa do jeito que ela quer. Muito provavelmente só escolheu o próprio vestido.

Karina, de alguma maneira, deu uma escapada da mesa de sua família e veio até a minha, papeando comigo. Ela está tão entediada quanto eu.

–Então, basicamente, essa coisa toda aqui vai ser só um salão de baile enorme. Não vai ter nada de interessante? É sério mesmo? - Questiono já sentindo a onda de tédio bater.

–Como assim? Claro que vai! Ryujin não te contou? - Ela me questiona.

–Contou o quê?

Karina coloca a mão no rosto.

–Tá. Deixa eu te explicar primeiro - Ela se ajeita na cadeira - Depois das onze, ela meio que vai estar liberada, sabe? Então, ela chamou algumas das pessoas pra sair do salão. Pra ter uma festa normal - Ela explica.

–Eu não tava sabendo disso - Respondo e ela faz uma careta.

–A Winter quem me convidou - Ela fala pausadamente, até parece que está com medo de me falar de uma vez que a Ryujin não me chamou pra isso.

–Karina, eu não ligo se ela não me chamou pra essa coisa aí depois das onze - Tento a tranquilizar - Eu posso ir pra casa. Você sabe que eu não gosto de ir dormir muito tarde.

–Nossa, mas a Ryujin é uma pau no cu mesmo. Eu vou te levar lá depois! E nem tenta dizer que não vai!

–Ah, não, Karina! Eu não vou - Cruzo os braços.

–Vai sim! - Ela me aponta um dedo.

–Nem fudendo - Falo baixo, com um certo medo de meus pais ouvirem. Eles odeiam palavrão.

TIME BREAK
11:12 P.M.

–Eu não acredito que você me arrastou pra cá, Karina! - Reclamo para a Yu, que me puxava pra algum lugar da mansão Shin.

–Eu não ia te deixar lá sozinha, né? - Ela responde, indo até uma porta dupla, a abrindo e me puxando pra dentro.

–A Ryujin vai literalmente me matar se me ver aqui dentro! - Reclamo baixo, observando o ambiente. Luzes fracas e amareladas, e um barulho do caralho. Música, ou adolescentes gritando "compra doze, filho da puta!".

Quanta educação. Nunca entendi o conceito de jogar uno xingando o máximo que puder.

Ah, Yeji! Pelo amor de Deus, você tá parecendo uma velha conservadora!

–Ei, Ji - Karina me chama, me puxando até a rodinha de uno - Eu vi que eles tão quase acabando. Vamo jogar a próxima?

–Beleza - Assinto, parando ao lado dela, observando a roda. Pelo menos um jogo normal sem bebidas envolvidas, diferente do resto dos... Jogos? Sei lá o que tá acontecendo nessa sala, mas definitivamente não é o tipo de festa que eu costumo frequentar.

ROYAL BUSINESS - RYEJIOnde histórias criam vida. Descubra agora