O diabo veste Prada.

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Daniel foi arrancado do sono pelo som insistente de batidas na porta do quarto

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Daniel foi arrancado do sono pelo som insistente de batidas na porta do quarto. Ainda grogue, ele se levantou e, ao abrir a porta, deu de cara com Juan e Rayssa. Somente ao ver o olhar fixo de Rayssa para baixo, ele percebeu que estava apenas de cueca. Juan, por sua vez, mal conseguia conter o riso ao observar a cara amassada de Daniel.

Sem pensar muito, Daniel deu espaço para que entrassem, antes de rapidamente pegar um roupão azul claro com detalhes em branco que estava jogado na cadeira e vesti-lo. Enquanto Rayssa permanecia de pé ao lado da cama, ela não pôde deixar de comentar com um sorriso provocador:

— Gostei mais antes do roupão. — o olhar cínico da jovem era mais do que sugestivo.

Daniel ignorou a provocação, ajustando o cinto do roupão com um leve suspiro antes de sentar na cadeira que acabara de desocupar. Juan, sentou-se na beirada da cama, ainda rindo por dentro da situação.

— Sei que sim. — Ele respondeu, mais por obrigação do que por real vontade. — Mas o que traz vocês aqui?

Rayssa não perdeu tempo e foi direto ao ponto:

— Hoje vai ter uma festa pequena e privada na minha casa, e você vai. Vamos comprar roupas para nós três.

Daniel franziu o cenho, processando a proposta. Um silêncio pesado se instalou na sala, até que Rayssa, impaciente, decidiu quebrá-lo.

— No que você está pensando? Não vai me recusar, né? — ela perguntou forçando um choque.

Daniel hesitou, sentindo o peso do arrependimento em suas palavras, ou melhor dizendo, das suas ações na noite da orgia.

— Eu... não sei se fiz a coisa certa ao participar daquela orgia. E... não sei se quero continuar indo a essas festas.

Rayssa revirou os olhos, claramente começando a se irritar, fácil assim. Juan, até então calado, percebeu a mudança na postura dela. Ele sabia que Rayssa não era o tipo de mulher que gostava de perder tempo com ideais ou princípios éticos.

— Você vai querer vir com esse papo agora? — A voz dela era cortante. — Esse papo de 'eu cresci assim, e isso vai contra meus princípios éticos' e blá blá blá.

— Eu amo ele. — Daniel rebateu rapidamente, sua voz mais alta, quase em defesa.

— Nunca disse que você não o ama. — Rayssa deu um passo à frente, seu olhar perfurando o de Daniel. — Eu sei que você o ama, tanto que me recusou quando dei em cima de você. Mas por que, na hora da orgia, você não disse a mesma coisa, hein?

Daniel desviou o olhar, lutando contra a vergonha e o arrependimento que o invadiam.

— Era o único jeito de vocês me aceitarem, o único jeito de eu me dar bem.

Rayssa arqueou uma sobrancelha, um sorriso cínico brincando em seus lábios.

— Tá vendo? Você não é tão idealista quanto pensa. Você o ama, mas sua vontade de entrar na sociedade rica e se dar bem nessa vida, de ser aceito por quem está nela, é maior que seu amor por ele. Se não, você teria dito 'não' para a orgia. Você é como um de nós. E não me venha com essa de que não gostou, porque eu vi nos seus olhos. Você amou o pênis do Juan dentro de você. Você gosta de prazer, de luxúria. Você ama a sensação de estar livre, de soltar seus instintos sexuais.

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