she is too much for anyone

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—E você

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—E você... Teve a criança?. — A mulher questiona, nem um pouco receosa, com as pernas cruzadas e o olhar frio.

A casa é tão bonita por fora quanto por dentro. Era possível ver a grande piscina pela porta de vidro no final do cômodo, as escadas tinham carpete claro e corrimões de ferro.

Aurora costumava viver aqui, com todo esse conforto.

Ela apenas assente, segurando o copo de água quase cheio, sozinha na poltrona florida.

—Você teve a criança. — A mais velha repete, tão incrédula quanto eu, mas eu estava impressionado com sua cara de pau.

— Aurora, você sabe o que isso
significa? — A mulher questiona.

— Que ela passou nove meses dando
conta de algo que ela não fazia ideia de como funcionaria?. — Não dou a chance de Earth responder - Que ela foi para um hospital sozinha, esteve sozinha durante o parto e passou todo esse tempo sem ninguém pra ajudá-la? Porquê pra mim é exatamente isso que significa.

— Você deve ser o salvador da pátria, não é mesmo? — Agora o homem quem diz, encostado o corpo para trás. — Ou ela teve um caso com você também?. Caso não saiba, garoto. Foi assim que ela arranjou um filho.

Aurora tinha uma expressão indecifrável. Mas na minha mente eu já conseguia ouví-la dizer um "eu te avisei", e, porra, ela estaria certa.

—Olha aqui, meu senhor. – Minha mãe se levanta, deixando a xícara de café sobre a mesinha de centro, se lembrando de tirar as chaves do bolso e me entregar — Leva ela pra casa, Jav. Ela não precisa disso.

Respiro fundo ao me levantar e segurar a mão de Aurora, ela acaba me guiando até o lado de fora, ela espera chegar perto do carro para desabar.

- Eles não queriam conversar, Jav. - A mais nova diz entre soluços, ao juntar o corpo no meu e me apertar contra si.

Eu não sabia que seria assim. Imaginei outra coisa e queria ter ouvido Aurora quando ela disse que não queria vir. Ela não precisava ter ouvido essas coisas, não precisava de nada disso.

— Me desculpa. — Murmuro, sentindo-a esconder o em meu peito. — Me desculpa, mesmo. Eles são tão idiotas, e... — Me interrompi quando seus soluços ficaram mais extremos.

Ela parecia lembrar de uma coisa diferente a cada instante e me partia o coração vê-la tão mal.

Eu queria poder protegê-la de tudo e todos, que ela não precisasse se preocupar com mais nada, ou chorar com mais nada.

Queria que ela só se sentisse bem.

Era horrível não poder controlar isso e eu me sentia a pior pessoa do mundo por ter participação nesse ocorrido.

[•••]

Aurora sai do banheiro bastante tempo depois. Minha mãe ainda não tinha chegado.

Ela murmurou um "eu estou bem" e fez o caminho até seu quarto.

Dava pra ouvir Jayla e Jaden brincando com Sun daqui de cima, então não me preocupo com mais nada. Apenas vou atrás.

Ela estava sentada na cama, prendendo os cabelos. Eu sentia que precisava abraçá-la sempre que a visse, eu queria fazer isso sempre.

- A gente podia ver um filme, tem sorvete na cozinha - Sugiro, me sentando ao seu lado —Ou você quer jogar videogame? Você gosta bastante de videogame, né?

Ela jogava com Jaden as vezes. Ganhava deles na maioria delas, parecia uma boa distração.

Conversamos por um bom tempo ali.
Consegui arrancar algumas risadas dela, consegui vê-la como uma adolescente normal.

Ela me contou sobre sua vó, sobre sua antiga escola e sobre a maquiagem que Jay tentou fazer nela ontem. Eu adorei ouvir.

A ideia de começar a gostar dela me atingiu um tanto que bruscamente. Assistí-la mover as mãos e sorrir as vezes, o jeito que balançava a manga que sobrava do meu moletom que ela usava.

Eu me senti mal por esses sentimentos de primeira. Com tudo o que ela passou, ela não precisa de parzinho romântico agora, por mais que sua idade dissesse o contrário.

Eu não quero que ela passe pelo o que passou de novo.

Ela não vai encontrar alguém que a mereça, ela é demais pra qualquer um.

Ela não vai encontrar alguém que a mereça, ela é demais pra qualquer um

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𝐄𝐕𝐄𝐑𝐘𝐓𝐇𝐈𝐍𝐆 𝐖𝐈𝐋𝐋 𝐁𝐄 𝐅𝐈𝐍𝐄| JAVON WALTONOnde histórias criam vida. Descubra agora