O príncipe Sombrio.

Capítulo 5

" A batalha se deflagrada...

O Príncipe de luz observava de seu castelo a luta acirrada abaixo, ele queria estar lá em baixo lutando, não ali parado enquanto seus soldados lutavam.

Mas ele precisava ficar ali, estava a procura de uma pessoa... Mas ele se quer deu as caras até o momento.

Seus soldados se mantiam fortes quanto ao ataque do outro grupo, o grupo usando armaduras pretas... Apesar de não serem muito númerosos, o que de fato era reconfortante, mesmo que não quisesse admitir.

O Príncipe de luz observou mais esperando... seu general berrava ordens aos soldados reais, armaduras douradas corriam pelo palácio, se posicionando, para antecipar qualquer soldado inimigo que ousasse adentrar no palácio, mas é claro, para isso acontecer teria que enfrentar o general e seus soldados...

Os olhos estavam atentos, em busca... O maxilar estava tenso, seu corpo imóvel observando da sacada, tinha que preservar força, não era adequado se apressar.

Sua amada estava em silêncio a seu lado, os olhos tão atentos quanto os seus, o cabelo bagunçado e os lábios levemente inchados pelo beijo que tinha dado nela, no exato momento que seu general entrou de uma forma um tanto rude em seus aposentos para lhe informar da invasão.

Os dedos delas roçaram os seus, nenhuma palavra foi proferida, nem sequer um olhar.

No meio do caos pude vê-lo, numa armadura preta, parado olhando diretamente para mim com um sorriso perverso no rosto.

Minha parceira apertou minha mão e então fui ao encontro dele, ao encontro do meu irmão, o Príncipe Sombrio."

Talvez o que eu sentisse pelo meu amigo não passasse de uma doentia obsessão, pois  não tinha conseguido pregar os olhos a noite toda pensando nele.

A festa de despedida tinha sido um tanto entediante, bem... nesse quesito eu precisava concordar com o homem estranho da noite anterior, como era seu nome mesmo? Pensei um pouco e lembrei, Miguel.

Ahh Felipe, realmente me sinto obcecada por ele, e o fato de ele ter saído ontem a noite da festa com Ana, só piorava as coisas, eu queimava de ciúmes dele.

Quando eu tinha me alegrado por finalmente ter falado com ele na festa, a alegria foi logo embora quando ele disse que sairia com Ana de lá, e me disse que eu podia ir embora, eu olhei incrédula para ele, como ele não percebia que machucava tanto? 

E então desde a noite passada eu o não tinha visto mais, e como se as coisas não pudessem piorar mais, quando cheguei ao meu trabalho, eu tinha que aguentar os olhares de colegas de trabalho que tinha participado da festa de despedida, além dos olhares, eu tinha que aguentar alguns cochichos nada discretos deles sobre o fato de Felipe ter me deixado ontem a noite na festa, para sair com Ana de lá. E para variar Felipe e Ana não tinha aparecido para trabalhar, o que deixou o patrão fervendo de raiva, mas isso não me interessava, não, eu estava tão irritada com Felipe, ele disse que minha imagem não sairia prejudica, e olha só, ele me enganou.

Mas não é só o fato da minha imagem prejudicada que me deixava irritada, mas o fato dele ter sumido,devia Deus sabe lá o que fazendo com Ana...

Quando olhei para a porta do estabelecimento, esperando ver se algum cliente entrava, para poder trabalhar e ignorar meus pensamentos, Felipe entrou pela porta, aparentemente sozinho.

Seus olhos azuis foram diretamente a mim, fiquei paralisada encarando ele, ele se aproximou, enquanto tentava de forma fracassada arrumar seus cabelos desgrenhados.