Quando acordei, fiquei em um estado catatônico. Pensando se tudo era um sonho, mais as vozes conhecidas ao redor me mostravam que eu estava bem acordado.
— O que fará com o garoto senhor? — a voz baixa, que eu conhecia muito bem perguntou com receio.
Lucius Malfoy, o meu...padrinho.
Eu ainda estava em choque com tudo isso, por que a minha mãe achou que seria uma boa ideia me deixar nas mãos dessa família? Tipo, eram os Malfoys, rudes, egocêntricos, narcisistas e...
E de novo tive que lembrar que eu não os conhecia de verdade porque toda a minha vida era uma mentira e eu fui obrigado a viver com um eterno ódio por eles, fui criado para isso, mesmo sem saber.— Eu não sei. Irei esperar ele acordar, e seja lá o que ele decidir fazer irei o apoiar. — a voz de Tom veio baixa também, como se ele tivesse receio de me acordar.
— Meu senhor. Será que isso é o certo a se fazer? Dumbledore saberá que algo está errado, apesar de ter sido da grifinória, ele é uma cobra até a alma. —a voz falou com desgosto e eu travei a respiração.
O que Snape estava fazendo ali? Fiquei surpreso, mais depois do que descobrir nada mais me choca ao ponto de ficar boquiaberto de novo.
—Não ofenda a nossa casa Severus, ele é uma maldita cabra, ser comparado com uma cobra é um privilégio que ele não merece ter. — Tom diz com uma voz irritada. — Onde o Draco está, Lucius?
Eu concordava totalmete, era para mim ir para a sonserina, então ouvir isso estava me deixando indignado. Fiquei curioso do porquê Tom quer saber do Malfoy.
Não tinha nada contra ele, apenas sentia falta das nossas provocações, mesmo que seja contraditório ele era a única pessoa que não me tratava como uma pessoa diferente, ele não ligava que eu era o garoto que sobreviveu. Para ele eu só era o Potter, o testa rachada. Ainda sinto raiva dele por esse apelido mais depois que as provocações e briguinhas bestas pararam eu apenas sentir falta disso na minha rotina, sei que não eramos mais crianças, mas o que custa ser só um pouquinho babaca comigo de novo? Eu era tão idiota quanto ele por sentir falta dessas coisas.
— Ficou em casa, meu lorde. — Lucius também estava confuso com a pergunta, e deu para perceber isso pela forma que a sua voz saiu meio trêmula e incerta.
Não o culpava, Tom ainda dava medo. O seu tom em tudo que falava era firme e mesmo com a aparência de Tom Riddle isso o dava uma graça que hipnotizava os despreparados. E dava medo por causa da sua magia que parecia se fundir com suas palavras.
— Hadrian vai precisar de um amigo nesse momento. Você pode...
Eu o interrompi quando percebi o que ele iria fazer. Não queria falar com ninguém agora, não queria ver-los.
E não seria Draco Malfoy o primeiro a me ver, e ainda mas nesse estado deplorável. Me mexi sem entregar que estava acordado, me virei na direção deles ainda fingindo dormir.Percebi que pararam de falar e suspiraram, e eu sorri internamente. Era engraçado pensar que eu tinha três padrinhos no meu quarto nesse exato momento e que eles três são pessoas que me odiavam ou pelo menos eu achava.
Lucius Malfoy nunca gostou de mim, e depois de ver ele maltratando o Dobby eu também o odiei porquê ver o que ele fez só me lembrou dos Dursley e isso me deu raiva, ele parecia sempre andar com o nariz em pé e eu entendo que ele é de uma família orgulhosamente puro sangue, mais o que custa ser só um pouco menos babaca? Sim, acabei de utilizar uma expressão trouxa e inclusive, ele surtaria se soubesse.
Severus Snape me odiava com todas as suas forças e ele não escondia isso, nas aulas principalmente, quando orgulhosamente retirava pontos da minha casa, eu sentia vontade de azara-lo toda vez que isso acontecia porque ele fazia isso por uma mínima besteira, se eu não era bom em poções não é dever dele me ensinar com calma sendo meu professor? Eu também tinha um ressentimento com ele, devo admitir.
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• Beginning after the end •
FanfictionSeria um novo recomeço, Ele não queria guerra, nem vingança, apenas paz. queria o que nunca teve, o que tiraram dele, queria viver a sua vida com liberdade e ser feliz. E faria isso, por bem ou por mal.